O professor Pedro Mara, diretor do Ciep 210 de Belford Roxo, na Baixada Fluminense-RJ, foi procurado pelos assassinos de Marielle Franco. Em abril, contamos a sua história no @TheInterceptBr sobre como esse episódio virou sua vida do avesso. 👇🏾 
Por segurança, comunicou à Secretaria Estadual de Educação do Rio, a Seeduc, o seu afastamento da escola. Ele precisava se proteger dos assassinos de Marielle. Mesmo assim, o secretário @PedroPeloRio abriu um processo de exoneração por abandono de cargo.
Mara teve de quebrar o protocolo de segurança e se expor ao risco para voltar ao Rio e se defender do processo iniciado pela secretaria comandada por @PedroPeloRio. Ficou um mês tentando reaver o cargo e receber o salário atrasado. Ganhou. Foi readmitido.
A Seeduc disse que "os fatos narrados e os documentos apresentados pelo servidor eram aptos a justificar suas faltas para fins disciplinares". Mas, curiosamente, não houve abono de faltas. A Seeduc não pagou o salário de abril – note que, no contracheque, o mês 3 pula para o 5.
Em maio, uma nova penalidade: a Seeduc não colocou a função gratificada de diretor de Mara no contracheque. Segundo um servidor com quem Mara falou, teria sido um “esquecimento”.
Resultado: Mara teve R$ 2,3 mil descontados. Não houve abono das faltas ou reparação. “O estado não pode cortar salário de servidor com menos de 30 dias de falta”, disse Mara.
A Seeduc cortou 70% do salário do professor. O @TheInterceptBR entrou em contato com a assessoria de @PedroPeloRio, mas não obteve resposta. Mara está se sustentando com ajuda do sindicato.
.@PedroPeloRio não respondeu por que a Seeduc processou Mara mesmo sabendo o motivo de seu afastamento temporário. Por que suas faltas não foram abonadas após a Seeduc ter reconhecido o erro? Por que a Seeduc cortou 70% do salário de um professor?
O governo de @wilsonwitzel cortou o salário de Mara e abriu um processo de exoneração mesmo sabendo que ele se protegia dos assassinos de Marielle Franco e segue punindo o professor. Relembre o caso: interc.pt/2UQgtLA
