Ontem, Bolsonaro emitiu um decreto que CONTRIBUI para o esquema da Coca-Cola.
Explico...
O que acontece: a Coca-Cola possui diversas engarrafadoras no país, mas o concentrado (produto principal para fabricação das bebidas) é produzido por uma subsidiária sua na Zona Franca de Manaus...
Acontece que a fabricante do concentrado está na Zona Franca, e portanto é isenta do IPI (imposto federal sobre produtos industrializados)...
O pior vem agora...
O que o TIB denunciou é uma investigação que está sendo feita pela Receita no Rio Grande do Sul...
Com isso, o imposto "não pago" pelo fabricante do concentrado é ainda maior do que seria no preço normal. Consequentemente, cresce também o valor do crédito "devolvido" pelo governo...
Segundo a matéria do TIB, o "caixa 2" da empresa gaúcha gerou "lucro" de R$ 21,5 milhões em apenas um ano...
O IPI sobre concentrados de refrigerantes vinha caindo desde o ano passado (outra história que conto mais abaixo).
Estava em 12%, cairia para 8% ontem, e para 4% em janeiro de 2020...
Ou seja, não caiu para 8%, nem cairá para 4%. Tudo o que queria a indústria de refrigerantes, incluindo a Coca-Cola, Ambev e Brasil Kirin...
Mas percebeu que o Congresso derrubaria o decreto e criou o escalonamento acima...
The Intercept Brasil: esquema de superfaturamento do concentrado.
theintercept.com/2018/12/21/coc…
g1.globo.com/economia/notic…
acritica.com/channels/manau…