Acho que o bicho estava meio negligenciado por lá e, por isso, acabava indo frequentemente à casa de meu pai.
Tá certo que tivemos a Vicky, quando pequenos, uma cadelinha linda, e ele até chorou quando a ela morreu, mas, além disso, nunca o vi ir além disso.
Em especial, meu pai não gosta de gatos.
Nunca gostou!
Até que saímos para lanchar e ele novamente começou a falar do gato, que era um pobre gato, que o vizinho deixa ele sozinho, pobre bichinho...
Eu ri:
- Pai, nunca pensei que ia ver o sr. apegado a um gato, rs
- Ração, pai. Compra em pet shop, em supermercado...
...e o assunto morreu, mas percebi que ele ficou pensativo.
- Quero só ver uma coisa.
Internamento, sorri, já imaginando o que seria.
- Bora lá, vou com o sr.
- Qual é a melhor marca? Veja os sabores. Salmão deve ser mais gostoso, né?
Aí meu pai, que nunca gostou de gatos, que nunca os suportou, me dava outra lição sobre cuidados e amor, dentre as tantas que sempre me deu.