Thread by @flopezdesign

Hj tem Flamengo, dia de fortes emoções. E dentre elas, uma q parece estar se esvaindo aos poucos, suscitada esporadicamente por uma imprensa sem memória, mas rapidamente acusada de clubista pela própria torcida do Flamengo. Mas a verdade é q já esquecemos os Garotos do Ninho...

Alvará do CT em mãos, Libertadores na cabeça - e nem a homenagem aos 10 minutos de jogo com uma simples canção tem rolado, q dirá qualquer cobrança razoável sobre essa diretoria por um acordo justo. Ok, timidamente ainda se escuta, mas a bola corre no gramado e... acabou.

(Eu não me excluo. Escuto a música fraquinho vindo da Norte no Maraca, levanto o braço em respeito... mas a jogada chega na linha de fundo e - VAI PRA CIMA DELES MENGOU! Parece q se passaram 5 anos, mas foi ontem.)

A maior tragédia da história do Flamengo já virou a eliminação nos pênaltis na Copa do Brasil. Sim, depois de uma ótima gestão nos tornamos ricos, e agora como todo rico somos também insensíveis. Onde foi parar nossa indignação, onde está essa notícia no dia a dia do clube?

Hj tbm voltamos a enfrentar o Emelec no Equador. Na última vez q isso aconteceu, exatos 497 dias atrás, Marielle foi covardemente assassinada no Rio, enquanto um jovem negro nascido em São Gonçalo e vindo da mesma base do CRF jantava a bola em Guayaquil e se apresentava ao mundo.

Sua venda milionária - a maior da história de um atleta menor de idade - nos tornou ricos, mas não foi o suficiente pra nos tornar grandes. E assim as tragédias vão se conectando, entre memória, tristeza, pão, circo e esquecimento. Saudações rubro-negras.

arte: @b_delaurentis