Dessa vez, deu certo. O time teve muito volume e controlou as ações durante a maior parte do jogo.
Para entender a vitória, é preciso entender alguns padrões.
Vamos de fio!
Meus pitacos ficaram aqui:
Ele escolheu algo próximo à primeira opção que construí, mas com Berrío suspenso, espetou Lincoln na área.
A leitura do espanhol é sensacional. No estádio ficava bem claro como ele reagia sempre antes e orientava Thuler e Trauco constantemente.
Há várias formas de atacar e desorganizar a defesa adversária. Uma delas é concentrando muitos jogadores em um setor, sobrecarregando a defesa por aquele lado.
Foi justamente o que o Fla fez.
Assim, com Gerson, Rafinha e Gabriel daquele lado, geramos sobrecarga e a defesa do Botafogo teve muita dificuldade.
Lincoln, BH e às vezes Arão atacavam a área constantemente.
Não tem nenhuma coincidência ali.
Bola para um jogador aberto como referência > ultrapassagem > bola em profundidade > gol.
Mas o que impressionou muito foi a variação das jogadas.
É isso que confunde a defesa. Quando o time resolve a jogada sempre da mesma forma, fica previsível. Essa variação vai deixando o lado esquerdo do Botafogo perdido.
Gerson não recebia qualquer bola pela direita e ia para cima. As situações eram preparadas com muita paciência até criar uma chance ideal de definir o lance.
Nos três jogos anteriores SOMADOS tivemos 7 viradas certas e 2 erradas.
Isso pegou o Botafogo de calça curta.
Pra terminar, um último ponto sobre variação das jogadas...
Mas os lançamentos foram fundamentais para variar o jogo curto e longo, deixando a defesa do Bota sempre preocupada.
O Botafogo tinha dificuldade de saber como marcar, pois quando apertava na frente o Fla saía lançando e quando recuava convidava pressão.
Ideias claras, boas atuações individuais e belos gols. Um belo domingo no Maracanã!