Thread by @gusdnascimento

Desde o começo da semana eu tenho evitado ler sobre o rolê do Malcom sofrendo racismo na Rússia.

Mas, hoje, quando eu soube que após uma semana, ele já está sendo cotado para ser negociado, um nó me veio na garganta.

Acompanhar histórias de jogadores da base e ver sua trajetória é uma das Graças do futebol e com esse moleque não é diferente.

Eu o conheci em 2013, cria da base e do terrão do @Corinthians .

Ele era a melhor aposta após termos perdido o William anos antes.

Mas, para variar, foi embora (de graça) para a França. Porém, essa molecada da base nunca perde totalmente o vínculo com o clube então a gente meio que acompanha de longe.

Por isso, eu comemorei quando ele foi pro Barça e fiquei triste quando não deu certo.

Mas, agora eu queria chamar atenção do discurso da torcida do #zenit .

Antes de mais nada. É bom lembrar q ele é bom, e não foi de graça para lá.

Agora reparem neste argumento da torcida.

Não somos racistas, mas....

SOMOS!

Eles culpam o clima, mas

Em seguida eles tbm deixam claro que...também não gostam de gays ou qualquer minoria por lá.

Eles culpam a "patrulha" do politicamente correto por tentar fazer o mundo engolir os jogadores negros.

(Humm já vi isso em algum lugar? Um certo político talvez?!)

Mas, essa frase me deixou ainda mais revoltado : deixe-nos ser o que somos!

O pior é que jogadores, colegas, dirigentes, políticos, FIFA...ngm faz nada. Todos assistem isso calados e com medo.

Medo da intolerância.

O ano é 2019, e por mais que eu continue alimentando o sonho do Martin Luther King, me pergunto se não está na hora de agirmos mais como o Malcon, só que não este, e sim o X?!

Ao menino Malcom (o guri é de 1997 e só tem 22 anos) desejo apenas que encontre um lugar que o ame o respeite.

Esse é o meu desejo para cada negro neste planeta.

E....se não encontrarmos este lugar, vamos fazê-lo na base da força!

#WakandaForever