,
5 tweets,
2 min read
Read on Twitter
O artigo do João peca justamente pelo contrário: traça uma tendência imaginária para a receita, ignorando o contexto. A tal receita tendencial dependeria de aumento contínuo e eterno dos impostos. É analiticamente pobre, longe de ser "análise dinâmica, e não estática". (1/5) 
O contexto ignorado:
- A receita só acompanhou as despesas de 1997 a 2005 porque a carga tributária aumentou bastante
- A partir de 2007/8, a carga tributária passou a cair por causa do fim da CPMF. A receita/PIB só cresce em 2009-10 por causa de receitas extraordinárias.(2/5)
- A receita só acompanhou as despesas de 1997 a 2005 porque a carga tributária aumentou bastante
- A partir de 2007/8, a carga tributária passou a cair por causa do fim da CPMF. A receita/PIB só cresce em 2009-10 por causa de receitas extraordinárias.(2/5)
A única possibilidade da receita/PIB crescer de modo sustentável sem aumento das alíquotas tributária seria via aumento da formalização, mas o gráfico acima e abaixo mostram que isso seria insuficiente para acompanhar o crescimento da despesa/PIB nos anos seguintes.(3/5)
A tese do João e da Laura é legítima, mas eles deveriam ser mais explícitos e defender aumentos de impostos contínuos e indefinidos. É o único meio de viabilizar a tal "receita tendencial" apresentada na "análise dinâmica". Por que escondem isso dos leitores? (4/5)
Por fim: como é que o pessoal pode falar tanto em "austericídio" e defender (ainda que sem admitir abertamente) aumentos de impostos? A literatura recente é convincente ao mostrar que elevar a carga tributária é bem mais austericida que cortar gastos. (fim)
