2ª Noite
A história de hoje se passou nos anos de 1998 e 1999, na cidade de Araruama, Rio de Janeiro, e foi contada pela @patriciadaltro.
A Patrícia tinha 22 para 23 anos, e, em um feriadão, acabou indo com amigos para uma casa na dita cidade.
Óbvio que todo mundo se assustou com a cena, mas o que fazer?
Mas lá dentro não estava menos pior, pois os quartos também estavam cheios das bichas, mesmo que a casa fosse toda telada - e eles verificaram isso com afinco, para evitar problemas.
Aí, repentinamente, a casa foi invadida por uma melodia estranha, um sussurro...
O grupo começou a buscar a origem do som e, então, constataram que o som parecia vir de um quadro antigo na sala, como se saísse de dentro da parede.
Mas era impossível, né?
De noite, já mais calmos, ficaram na sala jogando conversa fora quando, do nada, surgiu uma nova invasão de mariposas que se debatiam contra os lustres de forma ruidosa e suicida.
Apesar de a casa ser grande, com 3 quartos, eles optaram por dormir todos juntos - e a noite não foi mais tranquila por isso.
Também não havia sinal de bicho, de nada.
E a noite foi tensa com a casa que insistia em se mostrar viva...
Novamente, as mariposas.
De noite, resolveram tentar dormir no mesmo quarto da noite anterior, mas foram acordados novamente com barulhos de panelas e, mais uma vez, a estranha melodia que invadia o ambiente.
Preferiram ficar no quarto escuro, embaixo das cobertas, quando então perceberam uma luz fraca que percorria o cômodo, como se fosse o foco de uma lanterna quase morta, brincando com eles.
Alguns tentaram persegui-la com as mãos, para verificar de onde vinha aquele possível reflexo, mas nada também...
Chegaram à conclusão de que não poderiam ser um reflexo da rua, eis que a casa era completamente afastada, na zona rural, e não havia qualquer fonte de luz perto.
Saíram correndo e decidiram dormir na sala, novamente...
O grupo decidiu sair para beber em um bar próximo.
E, na volta, de madrugada, enquanto estacionavam o carro no amplo terreno, perceberam o vulto de uma criança iluminada pelo farol do carro, que parecia se esconder.
Na ânsia de ajudar, o grupo se dirigiu correndo à criança que, misteriosamente, evaporou no ar...
Sumiu sem deixar rastros.
Sem conseguir dormir ficaram conversando na sala, e alguns rezavam, porque, quando olhavam pela janela, avistavam o vulto da criança que caminhava calmamente pelo terreno, observando a casa.
O avistamento da criança foi a gota d'água naquele final de semana tenebroso.
Talvez achassem que teriam mais sorte dessa vez, mas, novamente, fatos assustadores aconteceram, bem mais intensos, contudo.
...mas mal sabiam que esse seria o menor dos problemas.
No meio da noite eles foram surpreendidos com gritos violentos.
Acontece que todos os vivos estavam ali, no mesmo quarto, e não havia ninguém que pudesse estar gritando daquela forma.
A coisa era tão real que acharam que podia ter havido uma invasão.
Apavorados, encontraram tudo vazio e silencioso, como se nunca tivesse sido ocupado - mas bastou se afastarem, voltarem para o quarto, para os gritos retornarem ainda piores.
Eles rezaram muito, juntos, e a coisa parou logo depois.
Mas no anoitecer do 2º dia, Patrícia tomava banho quando percebeu algo apagando o vapor do chuveiro no espelho.
Assustada, paralisada, ela observou uma mão fantasma que se movia, até se materializar a forma de um homem no espelho...
Distraída com o barulho, que chegava a machucar os ouvidos, Patrícia não percebeu quando o homem no espelho foi se enfurecendo e, por fim, gritou:
VÃO EMBORA DAQUI!!!!
Alguns também ainda conseguiram ouvir a ordem para irem embora.
A 2ª vez em Araruama foi mais assustadora ainda e marcou a todos até hoje.
Depois, ao comentar os fatos com a dona do imóvel, descobriram que não foram os únicos a passar por aquilo.
Objetos que caiam, bichos que surgiam, barulhos e sons estranhos, casos de avistamento de crianças, de escravos, de homens broncos e violentos, gritos de dor e raiva...
Agora eles sabiam, muito daquilo ainda estava por lá...
Os proprietários ainda querem vende-la, mas a fama do lugar já se espalhou e ninguém se interessa pelo imóvel.
Tentaram até uma reforma, mas os operários desistiram, apavorados.
Fim
Se você chegou até aqui, parabéns. Amanhã, se der tudo certo e nada de estranho acontecer, tem mais.
Espero que estejam bem, que tenham uma ótima noite e durmam bem, se possível, Hua Hua Hua.