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A quem serve o ensino do Brasil? Com certeza, não serve aos que mais necessitam: os brasileiros de baixa renda, para os quais o ensino é a principal via de acesso a uma vida melhor.

O problema mais urgente é o crime sem controle. O segundo problema mais urgente é o ensino.
Um levantamento das principais questões do nosso sistema de ensino revela os seguintes fatos:

– Os cidadãos brasileiros de baixa renda têm grande dificuldade de acesso a uma educação de qualidade.
– Há um grande numero de analfabetos funcionais (22%) entre os alunos que terminam um curso superior. São pessoas incapazes de escrever ou compreender um texto simples.
– Nossos alunos obtêm péssimos resultados em exames internacionais, como o PISA.
– A doutrinação ideológica unilateral é quase onipresente nos sistemas públicos e privados.
– Nossa produção acadêmico-cientifica nacional é irrelevante no cenário mundial.
– O desperdício de recursos é a regra. Os livros didáticos são ruins, caros e sofrem mudanças mínimas todos os anos, para forçar os pais a comprar livros novos.
Mudar isso exige a disposição de enfrentar desafios significativos. O primeiro é olhar e tratar a educação sob a ótica do estudante, e não mais sob a ótica do Estado.
É fundamental questionar o fato de que toda a educação brasileira, pública ou privada, é regulamentada pelo MEC de forma extremamente centralizada, desde a educação infantil até a pesquisa e extensão universitária.
O MEC controla até o Enem, e assim retira toda a liberdade das escolas de montar currículos acadêmicos individualizados, de acordo com as necessidades e desejos dos alunos e suas famílias.
É preciso identificar os exemplos a serem seguidos. Um texto importante do doutor em economia Adolfo Sachsida aponta o óbvio: é preciso colocar o foco no que é importante: saber ler e escrever, fazer contas e entender o básico sobre ciência.
Precisamos prestar atenção aos EUA, onde o Estado não interfere nas escolas privadas- não impõe número mínimo de dias letivos e nem certificação de professores. Cada escola faz suas escolhas, e a competição leva, naturalmente, aos melhores resultados.
Precisamos convencer a sociedade que gastar 6% do PIB com um sistema de ensino que fracassa em seus objetivos mais básicos é uma loucura. Depois, precisamos trabalhar por uma reforma do sistema. A primeira medida da reforma é a desregulamentação do mercado educacional.
O papel do MEC deve ser mínimo. Escolas privadas devem ter liberdade total para montar seus currículos e contratar professores da forma que acharem melhor.
O Enem precisa acabar. Trata-se de uma ferramenta autoritária, usada para controlar o conteúdo curricular de todas as escolas. No lugar do Enem, cada universidade (ou grupo de universidades) terá o seu próprio exame, criando, naturalmente, uma diversidade de oportunidades.
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