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Vou tentar explicar, num fio, o porquê de eu gostar tanto do Mundial de Clubes.

Sou apaixonado desde a infância. É que, antes ou depois da globalização, é um encontro de mundos que pouco se tocam, a presença de duas camisas que não foram feitas para jogar uma contra a outra.
Antes, era pela distância. Hoje, porque não há equilíbrio. Mas o encontro de dois mundo que usualmente são completamente separados é especial. É como quando Chaves e Chapolin encontravam na mesma cena com aquela aura de efeito especial, ainda que um pouco tosco.
Numa esfera bem abaixo, sempre sonhei ver o time de coração, do Rio, jogando contra o time da minha cidade, o Atlético de Três Corações. Nunca rolou. Não sei por quem torceria, mas ficaria encantado só porque seria o encontro de dois mundos diferentes dentro de um só, o futebol.
No Mundial, são camisas e escudos de clubes que representam nossas cidades e até bairros, ganhando o mundo e se enfrentando por ele. Na nossa visão aqui do lado sul, são as cores que aprendemos a amar e odiar contra as que crescemos admirando, por vários motivos.

Fora a beleza.
Ou vai dizer que não há beleza no tricolor do São Paulo contra o azul e grená do Barça em 1992? Ou do Fla todo de branco contra os Reds em 1981? O que são os gremistas campeões em 1983 celebrando com a camisa do Hamburgo, como se fosse a única chance de ter aquele souvenir?
Aqui destaco o jogo mais bonito do mundo esteticamente: o Peñarol x Porto na neve de Tóquio em 1987. O encontro de dois países periféricos até em seus continentes num duro inverno japonês. O uruguaio de luvas, o português de manga curta. Que outro campeonato te daria essa chance?
E não me chamem de vira-lata. Não é só admiração pelo futebol europeu. Apesar do favoritismo do norte, é sempre um jogo em que há chance de jogo, afinal, a imprevisibilidade é das qualidades do futebol.

O que seria deste esportes sem seus Gabirus? Sem o Velez batendo o Milan?
Aos rubro-negros, desejo que desfrutem. Muito. Não importa se o Liverpool não liga tanto, se não é um campeonato tão valorizado na Europa. É importante desfrutar dos encontros que o futebol proporciona e o de sábado é entre a sua maior paixão e um dos times legais do mundo.
Volto à metáfora das cenas em que o Chaves aparece junto ao Chapolin. A gente sabe que é raro, tem absoluta consciência do efeito especial de qualidade duvidosa, mas não tem como não desfrutar. É o encontro de dois gigantes.

É o da Libertadores contra o da Champions League.
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