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Psicose - Termo psiquiátrico e psicanalítico que designa doença mental na qual há perda do senso de realidade e perda do controle sobre as próprias atitudes, sendo estes fatores que a distinguem da neurose.
A paranoia, a esquizofrenia, a psicose maníaco-depressiva, a melancolia são as formas mais comuns de psicoses.
O que mais caracteriza a neurose em contraste com a psicose é a preservação do contato do indivíduo com a realidade. Mantém assim apesar das distorções causadas pelos sintomas uma boa margem de senso crítico e a capacidade de perceber sua própria doença.
Paranoia - É uma psicose funcional que se caracteriza pela presença de delírios mais ou menos sistematizados, que mantém certa lógica e coerência interna e sem que haja uma deteriorização do intelecto.
Psicose Maníaco Depressiva - Psicose em que se alternam períodos de mania (euforia, auto-confiança exagerada) e depressão, geralmente com períodos intermediários de normalidade.
A NEUROSE

O que quer que, em qualquer quantidade esteja produzindo um mal, é absolutamente inconsciente, quando de sua atuação .
A estas alturas cabe a pergunta: “ Existe uma pré-disposição para a neurose?’’ A resposta pode ser: Parece que sim, por conta de uma eventual fraqueza do ego no que tange à função sexual, “...
...como se a oposição biológica entre a auto-preservação e a preservação da espécie encontrasse aí, uma expressão psicológica .”
Classe de neurose (a histeria) que apresenta quadros clínicos muito variados. As duas formas sintomáticas, mais bem identificadas são a histeria de conversão, em que o conflito psíquico vem simbolizar-se nos sintomas corporais mais diversos, ...
...paroxísticos (exemplo: crise emocional com teatralidade) ou mais duradouros (exemplo: anestesias, paralisias histéricas, sensação de bola faríngica etc.), e a histeria de angústia-em que a angústia é fixada de modo mais menos estável neste ou naquele objeto exterior(fobias).
A neurose, sendo uma doença, nunca pode ser manipulada como algo simples, inclusive porque apresenta, na sua constituição, dois processos: um primário e um secundário.
O primário, a neurose nuclear, é formada por uma pulsão instintual hipertofiada, geradora de sofrimentos, angústias e conflitos no âmbito do ego.
O secundário é formado por reações do ego estimuladas e ativadas buscando, dentro de um esquema de defesa, suprimir o desprazer e a angústia, valendo-se, então, de mecanismos como sublimação, a negação, a repressão e outras posturas egoicas, inclusive de desvios de comportamento.
Quando se consegue trazer o que quer que seja inconsciente para o consciente, pode acontecer que o paciente reaja negativamente, vez que a neurose que ele porta é uma forma perversa de ajustamento,que teve o mérito de afastar, desde a infância, a lembrança originária da doença.
Não podemos esquecer que uma das características do neurótico é o fato de ser mais ou menos anti-social, e é por isso mesmo, que ele se empenha em gratificar suas necessidades, não interferindo nas circunstâncias que o cercam, mas modificando a sua maneira de ser.
E pessoas há que apresentam desvios de caráter, sem noção da sua neurose.
O problema é que elas não apresentam insight nas áreas cobertas por suas convicções, inclinações e preferências, mesmo quando estas são prejudiciais a elas mesmas ou aos seus circunstantes.
Quando se consegue trazer o que quer que seja inconsciente para o consciente, pode acontecer que o paciente reaja negativamente, vez que a neurose que ele porta é uma forma perversa de ajustamento, que teve o mérito de afastar, desde a infância, a lembrança originária da doença.
O Insight:

É uma introvisão, em que há o reconhecimento das relações entre experiências, padrões de conduta, respostas afetivas, recordações, que nunca foram tomadas, ao nível consciente, como relacionadas.
As Doenças:

A Psicanálise ensina que há dois processos, referentes às doenças:
o primário, o nuclear da neurose, consiste numa pulsão instintiva hipertrofiada, produzindo sofrimento, angústia e conflitos no Ego.
O secundário consiste em reações do Ego (defesas) que são desencadeadas pela necessidade do Ego de evitar a dor, o desprazer e a angústia.
Formam-se lacunas na memória, em cima dalgum fato marcante: são as amnésias, que se estendem aos primórdios da infância, criando lacunas que podem ser preenchidas com lembranças encobridoras (Nunberg).
Concepção freudiana: Sonho é "um produto da atividade do inconsciente e que tem sempre um sentido intencional, a saber a realização ou a tentativa de realização mais ou menos dissimulada, de uma tendência reprimida".
O Sonho é, portanto, a "estrada real do psiquismo".
Freud entende que o psicanalista, partindo da informação que lhe presta o paciente (conteúdo onírico manifesto), chegará a obter o conteúdo latente ou "ideias do sonho".
Os sonhos de adulto normalmente são:

Coerentes, porém, curiosos, surpreendentes e chocantes (o paciente sonha que um touro investiu contra o irmão, por exemplo);
Incoerentes, em que, além do aspecto estranho da realidade de suas imagens, existe a falta da ilação (dedução) entre estas.
Tanto Freud quanto os demais estudiosos do assunto, os consideram "reveladores da força que atuam nas camadas profundas do ser individual.
Os sonhos traduzem sempre uma preocupação do presente dramatizado sobre elementos mnéticos do passado;
A relação de causa e efeito entre dois fatos permanece , geralmente expressa no processo onírico pela sucessão cronológica das imagens representativas daquele, ou por sua contiguidade espacial- [ordem do sonho = ordem do sentimento (neurose)]
Uma mesma série de imagens oníricas pode representar ou simbolizar um fato e seu contrário (antítese), isto é, a ação positiva e a negativa.
Assim, quando em sonhos vemos uma pessoa morrer, esse fato pode significar tanto nosso desejo de que ela morra, quanto o desejo de ela não morra;
Consequentemente, é possível que todos os atos que realiza a pessoa sonhada corresponda ao que nós desejaríamos ver praticados, na realidade, pela pessoa a qual corresponde o referido detalhe da veste.
Freud considerava que sua Teoria dos Sonhos, e mesmo o seu livro "Interpretação dos Sonhos", continha a mais valiosa de todas as descobertas que tivera a sorte de fazer.
Freud tinha perfeitamente razão em valorizar tanto o seu trabalho sobre os sonhos. Em nenhum outro fenômeno da vida psíquica normal processos inconscientes da mente são revelados de forma tão clara e acessível ao estudo.
Os sonhos são, verdadeiramente, uma estrada real que leva aos recessos inconscientes da mente. No entanto, isto não esgota as razões que se tornam importantes e valiosos para o psicanalista.
O fato é que o estudo dos sonhos não proporciona simplesmente a compreensão dos processos e conteúdos mentais inconscientes em geral.
As pessoas que, "não sonham", quando analisadas, apresentam recalques afetivos profundos.
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