Thread by @rbreia

Trechos da Carta da FAMA

"Muito embora o retorno do Ibovespa em 2019 tenha sido bastante forte, quando analisamos os fatores que levaram à alta percebemos que não houve um ganho significativo decorrente do crescimento ou expectativa de crescimento do lucro das empresas"

2. "Vale lembrar que o valor de um ativo deve ser definido como o valor presente dos fluxos de caixa futuros. Portanto, para a bolsa subir, precisamos ter os lucros (...) subindo ou devemos descontar os mesmos fluxos a uma taxa menor, obtendo assim um valor presente maior."

3. "Em 2019, a curva de juro futuro sofreu uma forte compressão. A NTN-B líquida mais longa (2050) teve um retorno de +36% no ano, desempenho muito similar ao
Ibovespa. (...)"

4. "o que nos leva a concluir que o bom desempenho da bolsa não se deve essencialmente ao maior otimismo dos investidores com o desempenho e crescimento das
empresas, mas sim à queda substancial da taxa de desconto."

5. "Também observa-se que o retorno do Ibovespa em dólares (+26%) esteve bem alinhado com os mercados internacionais, tendo sido um pouco inferior ao da bolsa americana (S&P 500: +29%) e um pouco superior ao do índice Europeu em dólares (Stoxx Europe 600:
+21%)."

6. "Globalmente os mercados tiveram forte alta e o Brasil não se descolou deste movimento, em mais uma evidência de que as boas perspectivas de elevação de resultado
das companhias não foram determinantes para o resultado da bolsa brasileira em 2019."

7. "Enxergamos o fato como uma boa notícia. É inegável que o Brasil passa por um momento de recuperação cíclica, aumento de disponibilidade e redução do custo de crédito,
contração do desemprego e consequente elevação da propensão ao consumo."

8. "Se o “bom” desempenho da bolsa brasileira em 2019 foi decorrente da redução na taxa de desconto e de ter “surfado” a onda internacional, os reflexos das inexoráveis elevações nos lucros ainda está por vir (...)

9. "podendo sustentar novas altas em 2020 ou pelo menos arrefecer os efeitos de eventuais correções mais intensas que ocorram no mercado global. Nosso portfólio segue bastante concentrado em companhias domésticas (96% do agregado das receitas das empresas são no Brasil) (...)

10. "e bastante exposto a serviços, varejo e bens de
consumo que, via de regra, apresentam elasticidade em relação ao PIB.
Do ponto de vista de balanço, continuamos investidos sobretudo em empresas pouco (ou nada) alavancadas (...)"

11. "que, se por um lado não são as mais diretamente beneficiadas pela redução dos juros, por outro lado possuem mais capacidade de acelerar crescimento seja de forma orgânica ou inorgânica."

12. atribuição de performance (top +3 e -3)

13. "Encerramos o ano de 2019 com alta de 42%, bem acima do ganho de 32% do Ibovespa.
Com o encerramento de mais um ano calendário, acumulamos uma alta de 11.102% desde o início (22% ao ano) comparado a 2.593% do Ibovespa (15% ao ano)."

Carta na íntegra:
…4-4f2b-a6ba-28eca660d344.filesusr.com/ugd/610c4d_7cc…

O @f_alperowitch está por aqui também, vale a pena segui-lo.