Entre 2002 e 2003 a invasão ao Iraque foi floreada por todo tipo de apelo humanitário possível: defesa da democracia, libertação do povo iraquiano, combate ao terrorismo. Mas, ao final, foi uma óbvia e descarada mentira a justificativa final: as "armas de destruição em massa".
As únicas "armas de destruição em massa" que Saddam Hussein possuía eram aquelas que lhes haviam sido fornecidas pelas potências aliadas dos Estados Unidos 20 anos antes, durante a guerra Irã-Iraque.
bbc.com/portuguese/not…
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Centenas de milhares de mortos depois, e muitos arrependimentos públicos de por parte de apoiadores da invasão, algum gênio em Washington percebeu que, ao destruir um inimigo do Irã e ajudar a instaurar um governo Xiita no Iraque, os EUA acabaram ajudando o Irã.
Não é figura de linguagem, essa foi a conclusão oficial.
qz.com/1530248/us-arm…
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A desestabilização do Iraque e da Síria também aumentou a capacidade de mobilização de forças como o Daesh e a AlQaeda naquela região. O jihadismo wahabita tem um modus operandi de recrutamento e insurgência em conflitos, como já acontecia no Afeganistão desde os anos 80.
Nós assistimos a todo tipo de barbárie florescendo em meio esses nobres esforços de "state building contra ditadores": no Iraque, na Síria, na Líbia. Aumento exponencial do número de refugiados, explosão do terrorismo, da fome e da morte.
washingtonpost.com/world/middle_e…
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O mundo mais seguro prometido pelos neoconservadores nos anos 2000 nunca veio. As guerras no Oriente Médio e no Norte da África ficaram grandes demais e começaram a afetar também a Europa e o Mediterrâneo.
Diante disso o que a direita global propõe é a execução de mais uma guerra, de mais instabilidade, mais oportunidade pra insurgência de grupos terroristas, mais refugiados, mais mortes. Tudo isso pra que um ou dois líderes patéticos possam evitar a justiça em seus países.
Não caiam nesse papo absurdo de que uma invasão ao Irã, ou outra guerra proxy, seriam algum tipo de vetor a favor de direitos de minorias ou maior liberdade naquela região. Não foi o que aconteceu em nenhuma dessas "nobres" iniciativas de guerra justa no século XXI.
