Quando Dilma assumiu, em 2010, o Brasil produzia 10.141 empregos por dia. Quando saiu, em 2016, o país passou a gerar 7.353 desempregados a cada 24 horas. Em 6 anos, o Brasil aumentou sua taxa de desempregados em 71,87%, colocando mais de 11 milhões de pessoas na fila do emprego.
Em 2010, o Brasil tinha 59,6% da sua força de trabalho com carteira assinada. Em apenas 6 anos, essa taxa despencou para 49%. Os efeitos dessa depressão econômica, tão indiscutivelmente violenta à população, ainda estão presentes no nosso dia a dia.
Em 127 anos, considerando 30 mandatos presidenciais, a reeleição de Dilma gerou o terceiro pior desempenho econômico da história.
Entre 2011 e 2016, a renda per capita global cresceu a uma taxa média anual de 3,4%. A nossa avançou 0,2%.
Nos 36 anos anteriores nós crescemos 2,7%.
Entre 2011 e 2016, a renda per capita global cresceu a uma taxa média anual de 3,4%. A nossa avançou 0,2%.
Nos 36 anos anteriores nós crescemos 2,7%.
Foi nesse cenário de recessão que os aplicativos de entrega surgiram e se popularizaram. Desde então, 5,5 milhões de brasileiros já utilizaram eles em algum momento como fonte de renda.
Entre os entregadores, 58,7% já trabalhavam com entregas antes.
Entre os entregadores, 58,7% já trabalhavam com entregas antes.
No total, há 38,4 milhões de brasileiros na informalidade. A renda média mensal desse grupo é de R$ 1.312. Quase 80% dos entregadores de aplicativos ganham mais do que isso. 56% dos motoristas de aplicativos assumem receber entre 2 a 5 salários mínimos.
Antes de compartilhar a foto de um desses trabalhadores, apontando o dedo para a precarização de sua condição, é preciso questionar os incentivos que não permitem a ele maior segurança legal no trabalho. E isso implica em necessariamente rejeitar ideias econômicas estúpidas.
Os aplicativos não são doenças, mas sintomas de um país com baixa produtividade, baixa escolaridade, alta carga tributária sobre o trabalho formal, alta carga de protecionismo e ressaca de um governo responsável por gerar a mais longa série de retrocesso econômico da história.
Defender as mesmas ideias econômicas que geraram tamanho retrocesso, desemprego e informalidade, e ao mesmo tempo protestar contra a precarização de trabalho dos aplicativos, é tão coerente quanto levantar a bandeira do fim das vacinas e reclamar do aumento das doenças.
