1- Estamos assistindo um repetição do que aconteceu em maio do ano passado, quando as forças que teimam em manter a hegemonia PT x PSDB de pé, ou então a hegemonia entre esquerda e nova esquerda, tentam solapar o resultado da eleição de 2018.
2- O principal ativo nesta nova fase da política brasileira precisa ser criminalizado: a participação efetiva da população. Poderiamos estar falando de grupos armados, milícias do campo ou até os sindicatos pagos , mas não, querem é tirar comuns que vaos as ruas pacificamente.
3- Por detras da “preocupação com a Democracia” está o interesse maquiavélico pelo poder- alguns antigos movimentos de rua” já até admitiram- o cinismo em falar de parlamentarismo branco após 30 anos de presidencialismo de cooptação das esquerdas beira a psicopatia.
4-Todo o processo eleitoral de 2018 foi uma indicação à RUPTURA com o establishment, foi uma escolha popular, que dentro da normalidade institucional já demonstrada pelo governo,DEVE ser respeitada por poderes não eleitos, e principalmente,pelo legislativo,casa de verve popular.
5- Ocorre que logo na arrancada do novo periodo democrático brasileiro- a nova era- foi montada uma pesada estratégia para estagnar a ruptura com as velhas práticas. Principalmente dentro do legislativo. Isso era esperado, o que não seria era uma guerra política fina.
6- Atores derrotados no pleito de 2018- tucanos, centristas e movimentos maquiavélicos, resolvem usar a maior arma inimiga da população/executivo: a imprensa. Os partidos de esquerda para preservar a sua militancia se fecham no seu Mundo de OZ.
7- Temos ai a combinação de um surgimento de guerra politica tridimensional, onde o “novo grupo” bem impopular, usa a mídia, e a esquerda aumenta o tom esquizofrênico dos espasmos linguísticos como “Marielle” e afins.
8- Mas em um destes espamos todos estão juntos, é o da carta do “autoritarismo”. É nesse frame que as esquerdas se unem e alguns ditos liberais se dão as mãos. Um acuse-os do que você é clássico, já que vivemos os anos mais sufocantes para democracia na era PT-PSDB e satélites.
9- A força de narrativa da imprensa, com centro fisiológico e esquerda juntos criou um cenário hipotético de poder paralelo, onde eles imaginaram que amarrariam o executivo falando em “democracia” e “instituições”.
10- Foi nesse arremedo que tiveram a audácia de começar a jogar balões de ensaios para a população tais como o “parlamentarismo branco”.O Congresso,que deveria estar unido ao povo e ao executivo,que lhe devolveu as suas prerrogativas ao não comprá-lo,dá as costas para a realidade
11- Os líderes dos partidos na Câmara, se embebedam com o novo poder ao invés de apostar em um check and balance responsável , tentam sabotar a ruptura. Falta combinar com o povo, participe dessa nova fase da política brasileira, é disso que se trata a expressão “nova era”.
12- A possibilidade de derrubada que rondava o executivo no começo do ano passado foi sentida novamente, e por óbvio, a população quer responder da mesa forma que em Maio de 2019: “queremos o executivo seguindo com a ruptura dentro da normalidade institucional”.
13- Para os comuns, a ida às ruas no dia 15 já não é mais que um simples e firme recado, mas sim,a reafirmação dessa nova Cidadania conquistada com a ruptura da hegemonia política desde 2013. Povo nas ruas é revolução toquevilleana. É o bálsamo das melhores democracias do mundo
14- Por mais que seja legítima a tentativa do centro fisiológico e esquerda de resistir, isso não pode ser maior que a democracia, que a vontade popular. O respeito com a ruptura não é uma opção a ser travada com guerra política torpe, é uma obrigação.
15- A opção pela aposta dobrada pode ser o fim de um destes dois grupos. Há um erro estratégico crasso aí. Estão ouvindo sussurros do fracasso, gente que está ressentida e embevecida por vinganças pessoais.
16- Não há “volta para casa” sem as mudanças que farão o Brasil ser o que merece ser, mesmo em meio a pregação do confronto e caos,os brasileiros de bem seguirão sem quebrar janelas,falando em Cristo e pensando num legado para os seus filhos. Essa é uma lição à não ser esquecida.
