Vale relembrar quando um Nobel em Economia, Douglas North, visitou o Brasil e foi vencido pelas ideias desenvolvimentistas de Celso Furtado.
A pobreza no Nordeste brasileiro atraia atenção da imprensa americana e John Kennedy, recém eleito, disse que um acordo de cooperação com o Brasil era prioridade.
North, professor de Economia da Universidade de Washington, veio conhecer o plano desenvolvido pela SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) para dar seu veredito ao governo americano.
O OPOSTO de North que dava mais valor ao PAPEL DAS INSTITUIÇÕES, das normas jurídicas, das regras do jogo...
Na visão da Sudene (e de Furtado), a massiva industrialização do nordeste seria O ÚNICO CAMINHO PARA A REGIÃO ALCANÇAR O DESENVOLVIMENTO e absorver produtivamente o excesso de força de trabalho
Que surpresa não? rs.
A razão era muito simples: nordeste não tinha mão de obra qualificada, não tinha matéria prima para fazer bens industriais, não tinha mercado consumidor. "This is not an industrial area".
ERA MELHOR EDUCAR AS PESSOAS (como sugeria a literatura surgida na época) e descobrir as vantagens da região.
O assassinato de John Kennedy em 63 acabou com qualquer possibilidade de acordo de cooperação, que além de financeira, também seria técnica.
E Douglas North ganhou UM PRÊMIO NOBEL em economia em 1993, com seu trabalho em Economia Institucional, área da economia que foca nas normas, regras sociais e jurídicas.
Tentamos isso por 70 anos sem muito sucesso.
É baseado em material formado por documentos originais que se encontram na coleção “Douglass North Papers” da Duke University Library. Marcos Lisboa também conta essa história.
bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/…