Os atos de Bolsonaro no domingo foram um erro estratégico e político muito grande. Fatal, não saberia dizer. Mas pesado. E de consequências imprevisíveis.
Era hora de recuar. Mas Bolsonaro, animal xucro da política, nunca recua. Teimoso, quis pagar para ver, ouvir os aplausos da claque.
Resultado: aquela cena repugnante em Brasília. Um ultraje.
Atacou fraco, e abriu o flanco.
Janaína Paschoal, que seria vice de Bolsie, fez discurso duríssimo. Reale Jr pediu exame de sanidade mental.
Algo está acontecendo.
Toffoli, atual presidente do Supremo, e Fux, seu sucessor, estiveram lá.
Não é guerra aberta. Mas é explícito: Bolsonaro não é mais interlocutor.
Podem discursar aliviando à vontade: o gesto não dá margem à dúvidas. Querem escantear Bolsonaro.
Fritar Mandetta só o fará parecer mais lunático.
O golpe virou um bumerangue que o acertará na cara.
A cartada do autogolpe não está madura.
Pela 1a vez, Bolsonaro corre, sim, risco de cair.
Fora a claque mais próxima, ninguém. Ninguém.
Para atacar, ao contrário, não faltou candidatos.
Bolsonaro balança. É isso.
Duvido que dê certo.