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Vou começar a traduzir e postar aqui uma publicação do site Zero-Hedge sobre o Coronavirus (COVID-19). É uma das peças que melhor tratam a questão.

Quer ver a realidade? Quer saber a verdade? Segue o fio.
1. Abre aspas:

Após seguir o surto de COVID-19 pelos últimos meses, acompanhei o ritmo da infecção, sua gravidade e como o mundo está enfrentando o virus.

Enquanto nós deveríamos nos preocupar e sermos diligentes, a situação foi dramaticamente elevada para histeria.
2. Enquanto 13% dos americanos acreditam estar infectados pelo COVID-19 (matematicamente impossível), pânico total está bloqueando nossa habilidade de pensar claramente e determinar como usar nossos recursos para parar o vírus.
3. Mais de 3/4 dos americanos temem pelo que estamos fazendo com nossa sociedade, pela lei e pela histeria, e não da infecção ou da contaminação dos mais vulneráveis peo COVID-19.
4. Este artigo é uma visão geral sistematizada sobre o Covid-19, guiada por dados de profissionais médicos e artigos acadêmicos, que vão ajudá-lo a entender o que está acontecendo (fontes: CDC, WHO, NIH, NHS, Oxford, Stangord, Harvard, NEJM, JAMA etc.).
5. O autor tem experiência em entender virulência, como coisas crescem e dados. Em sua vocação, é conhecido por popularizar o termo "growth hacking movement" no vale do silício, que se especializa em dirigir a adoção de produtos tecnológicos de forma rápida e viral.
6. Dados são dados. Nosso foco aqui não é tratamento, mas números. Você não precisa de diploma para entender o que os dados dizem e não dizem. Números são universais.
7. Espero que você saia daqui mais informado e com perspectiva sobre como pode ajudar a lutar contra a histeria que lidera nosso país para um lugar sombrio. Você pode nos ajudar a focar nossos poucos recursos naqueles mais vulneráveis, que precisam de ajuda.
8. CASOS TOTAIS SÃO A MÉTRICA ERRADA

A pergunta crítica a se fazer, qdo se olha um conjunto de dados, é: qual é a métrica para sucesso?

Comecemos no início. Como que 20% dos americanos acreditam que pegarão Covid-19? Como?

Assim: gráficos sem significado. Isso não te assusta?
9. Olha esses grandes círculos vermelhos assustadores!
10. Essas imagens vêm do agora infame Mapa de Acompanhamento do COVID-19 do Johns Hopkins.
O que começou como um esforço por transparência agora se emoldura em uma ferramenta não intencional para histeria e pânico.
11. Uma pergunta importante a se fazer é "o que esses círculos efetivamente significam?".

Cada bolha representa o número total de casos de COVID-19 por país. A situação parece séria, mas esse vírus tem mais de 4 meses de idade, então quantos desses casos ainda estão ativos?
12. Imediatamente vemos que apenas metade desses círculos vermelhos aterradores não são relevantes.

O número total de casos não é ilustrativo de o que deveríamos fazer. Isso é apenas um dado vazio sem contexto; não é informação ou conhecimento.
13. Uma metáfora: o faturamento diário de um negócio não lhe diz muito sobre rentabilidade, capacidade de lucro,
estrutura de capital etc. Isso também serve para o número total de casos. A informação não é útil.
14. Devemos olhar para razões (proporções) e porcentagens que nos digam o que devemos fazer a seguir - taxa de conversão, taxa de crescimento e severidade.
15. INTERVALO DE NOVOS CASOS NOS DÁ PERSPECTIVA

Separando cada país pela data do primeiro contágio nos ajuda a acompanhar o crescimento e o impacto do vírus. Podemos ver o como o total de casos está crescendo em contraste com um período temporal constante.
16. Aqui estão os novos casos, ao longo do tempo, por país e a data dos primeiros 100 casos totais.
17. Aqui está uma imagem melhor acerca do crescimento diário de casos confirmados nos Estados Unidos:
18. Os EStados Unidos estão seguindo junto com outros países europeus, dobrando o número de casos a cada três dias +-. Quanto mais se testam mais americanos, esse número vai continuar a crescer.
19. O intervalo de crescimento dos EUA está abaixo (melhor) da China, mas pior que Coréia do Sul, Japão, Singapura ou Taiwan. Todos esses países são considerados modelos de como se lidar com o COVID-19.

Os EUA estão medianos, não ótimos, comparados com outros países modernos.
20. Mas ainda há um enorme ponto cego com esse tipo de gráfico. Nenhum deles são ponderados "per-capita". eles tratam cada país como uma unidade e, como veremos, isso deixa de nos contar o que está acontecendo em vários aspectos.
21. NA BASE "PER-CAPITA" NÃO HÁ PÂNICO

Todo país tem tamanho de população diferente, o que desvia comparação de casos agregados e cumulativos. Considerando população, pode-se considerar devidamente o número de casos no contexto populacional.
22. Os vírus não veem nossas fronteiras nacionais. A população americana é 5,5x a da Itália, 6x a da Coréia do Sul e 1/4 da Chinesa. comparando casos totais dos EUA em termos absolutos é bobagem.
23. Ranqueando com base no total de casos mostra que os EUA, com base "per-capita", está significativamente abaixo das seis melhores nações por volume de casos.
24. Com base em uma divisão "per-capita" de 1 milhão de habitantes, os EUA ficam no meio do ranking de países, com volume semelhante a Singapura (385 casos), Chipre (75 casos) e Reino Unido (3.983 casos). Essa informação é de 20 de março de 2020.
25. Mas casos totais, mesmo "per-capita", sempre será uma métrica ruim.

O denominador (população total) é mais ou menos fixo, pois não estamos nos reproduzindo na velocidade do vírus. "Per-capita" não vai explicar quão rápido o vírus se dissemina ou se é realmente "exponencial".
26. COVID-19 ESTÁ ESPALHANDO, MAS PROVAVELMENTE NÃO ACELERANDO

Taxas de crescimento são complicadas de acompanhar ao longo do tempo. Números menores são mais fáceis de lidar do que os maiores.

Por exemplo: PIB de +3% nos EUA significa bilhões e 3% em Bermuda são só milhões.
27. Em geral, taxas de crescimento decaem ao longo do tempo, mas o aumento nominal ainda deve ser significativo. Verificou-se que isso é verdade nos aumentos de casos diários.
28. Taxas de crescimento diárias ao longo do tempo em vários países, independentemente de soluções políticas em especial, como fechar fronteiras ou distanciamento social.

O Dia 1 é quando o país alcançou 40 casos.
29. Considerando o crescimento diário de casos confirmados com base em um fator de crescimento diário relativo limpa a imagem (crescimento fora da China) - mais do que 1 significa crescimento, menos do que 1, queda.
30. Durante março, o mundo ficou em torno de 1.1. Significa crescimento diário médio de 10%, com aumentos e quedas todo dia.

Isso não é ótimo, mas é uma boa notícia, pois o COVID-19 não está crescendo em virulência.
31. O crescimento da taxa de crescimento é aproximadamente 10%; porém, os dados são bem bagunçados.

Como os países não reportam de forma consistente e sem definição de seria "caso confirmado", é mais provável que estejamos testando mais, mas o vírus não está mais agressivo.
32. Recomendações de contenção e estratégicas de prevenção ainda são eficientes em parar a propagação.

Número global de casos estão aumentando (é um vírus, afinal), mas cuidado para não acreditar em métricas feitas para assustar, como "casos dobrando".
33. "Casos dobrando" geralmente vem de pequenos números divididos por pequenos números e divididos por país. Globalmente, a taxa de crescimento do COVID-19 é quase constante.

Lembre-se, os vírus ignoram fronteiras nacionais.
34. Só que vírus não crescem infinitamente para todo sempre. Assim como quase tudo na natureza, eles seguem um padrão comum - a curva de sino (distribuição normal).
35. FIQUE DE OLHO NA CURVA DE SINO

À medida que o COVID-19 se espalha e desacelera (e vai desacelerar, a despeito do que a mídia fala), cada país seguirá um padrão semelhante.
36. A seguir vemos um gráfico mais detalhado da Coréia do Sul, que derrotou com sucesso o COVID-19, comparada com a China, que tem muitos mais milhares de casos e mortes.

É uma curva de sino:
37. Aqui um gráfico mais detalhado da Coréia do Sul: total de casos x novos casos.
38. Este é um gráfico da Itália, mostrando uma curva de sino sobre a existência de sintomas (azul) e número de casos (verde), o que pode apontar para o começo do fim para a Itália.
39. Curvas de sino são a característica dominante de surtos. Um vírus não cresce linearmente para sempre. Ele acelera, fica estável, e decai. Seja naturalmente ou por nossos esforços, vírus aceleram e rapidamente declinam. Esse fato da natureza está representando na Lei de Farr.
40. A exposição do CDC sobre "dobrar a curva" ou "achatar a curva" reflete essa natureza real.

[Amarelo seria a curva natural de contágio e, em roxo, como se espera ser com medidas de contenção].
41. É importante notar que em ambos os cenários, o total de casos de COVID-19 será semelhante. O foco em "achatar a curva" é evitar o impacto no sistema de saúde, o que poderia aumentar as fatalidades por limitações de capacidade. No longo prazo, isso não previne contágio.
42. Infelizmente, "achatar a curva" não considera outras desvantagens e custos.

Tanto o CDC quando a OMS estão otimizando virulência e utilização de sistemas de saúde, ignorando o impacto econômico.

Ambas organizações assumem que você vai ser infectado, e não será tão ruim.
43. BAIXA PROBABILIDADE DE PEGAR COVID-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) liberou um estudo sobre como a China respondeu ao COVID-19. Atualmente, o estudo é um dos trabalhos mais exaustivos publicados sobre como o vírus se espalha.

who.int/docs/default-s…
44. Os resultados da pesquisa mostram que o COVID-19 não se espalha tão facilmente quanto pensamos inicialmente ou quanto a mídia nos leva a crer (lembrem que pessoas estavam abandonando seus cachorros por medo de serem infectadas).
45. Segundo o relatório, se você entrar em contato com alguém que testa positivo para o COVID-19, você tem de 1 a 5% de chance de contágio. A variação é grande porque a infecção é baseada no tipo de contato e na sua duração.
46. A maioria das infecções virais vem de exposições prolongadas em espaços confinados com outros indivíduos infectados. Contato pessoal e de superfície é de longe a causa mais comum.
47. Segundo o relatório da OMS, "quando aparecia um grupo de infectados na China, era mais geralmente (78 a 85%) causado por uma infecção dentro da família ou outros veículos que carregavam a infecção em contato próximo com uma pessoa infectada.
48. Do estudo do CDC sobre transmissão na China e no Princess Cruise:

"Um crescente corpo de evidência indica que a transmissão do COVID-19 é facilitada em situações de confinamento;
49. (ainda do artigo)

ex: um grande grupo (634 casos confirmados) de contágios secundários de COVID-19 ocorreu a bordo de um navio de cruzeiro no Japão - cerca de 1/5 das pessoas a bordo e que foram testadas. Essa conclusão indica alta transmissão em espaços confinados".
50. Dr. Paul Auwaerter, o Diretor Clínico para a Divisão de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins concorda com a descoberta:
51.
"Se você tem um paciente de COVID-19 em casa, seu risco de contágio é de 10%... Se você fosse exposto casualmente ao vírus no local de trabalho (ex: trancado em uma sala de conferência com um infectado por 6 horas), sua chance de contágio é de 0,5%".
52. Segundo o Dr. Auwaerter, essas taxas de transmissão são semelhantes à da gripe comum. Transmissão aérea ou contaminação comunitária irrastreável é muito improvável.

Segundo a líder em COVID-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, verdadeiro contágio comunitário é muito raro.
53. Os dados da China mostram que contágio comunitário ocorreu apenas em um pequeno punhado de casos. "O vírus não está circulando na comunidade, mesmo nas situações de maior incidência na China", disse Van Kerkhove.
54. "Transmissão por aerossóis finos no ar a longas distâncias não é das causas principais de contágio. A maioria dos 2055 funcionários de hospitais infectados pegaram a doença em casa ou nas primeiras fases do surto em Wuhan, qdo a segurança hospitalar ainda era baixa", disse.
55. Contágio comunitário envolve transmissões onde a pessoa se infecta em locais públicos e não há como rastrear a fonte. A OMS diz que os dados da China confirmam isso. Se contágio comunitário fosse comum, não seria possível reduzir novos casos por "distanciamento social".
56. "Nunca vimos patógeno respiratório capaz d transmissão comunitária q possa ser contido c medidas adequadas. Se fosse epidemia de gripe, veríamos contaminação comunitária no mundo todo e esforços p reduzir ou conter seriam inúteis", disse Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
57. O autor de um artigo do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade de Princeton disse: "O consenso científico atual é que a maioria da transmissão por secreções respiratórias acontece na forma de grandes gotículas respiratórias...
58. e não de pequenos aerossóis. Gotículas, felizmente, são pesadas e não viajam para longe, mas caem depois de viajar por algumas dezenas de centímetros".
59. A mídia entrou em frenesi quando os autores do artigo acima liberaram seu estudo sobre como o COVID-19 de sobrevive no ar. O estudo descobriu que o vírus poderia durar no ar por umas duas horas; porém, o estudo foi qualificado como um exercício acadêmico, não como teste real.
60. O estudo colocou o COVID-19 em uma garrafa de spray para ser vaporizado no ar. Eu não conheço ninguém que tussa em forma de névoa, e não se sabe se a carga viral foi suficiente para infectar outra pessoa. Como me disse um médico que quer ficar anônimo,"o corona não tem asas".
61. Resumindo: os esforços de contenção de China, Singapura e Coréia do Sul funcionaram porque contágio comunitário e transmissão aérea não são comuns. A forma de transmissão mais comum são pessoa-a-pessoa e por supefícies.
62. SUPERFÍCIES COMUNS DE TRANSMISSÃO

A habilidade do COVID-19 de viver por longos períodos é limitada na maioria das superfícies e ele é fácil de matar com produtos de limpeza caseiros comuns, exatamente como com o vírus da gripe comum.
63. COVID-19 foi detectado em cobre depois de 4 horas e em papelão após 24 horas.

COVID-19 sobreviveu melhor no plástico e em aço inox, ficando viável por 72 horas.

COVID-19 é muito vulnerável a luz ultravioleta e a calor.
64. Presença não significa ser contagioso. A concentração viral decai significativamente ao longo do tempo. O vírus tem meia-vida de 0,8 horas no cobre, 3,46 horas em papelão, 5,6 horas em aço e 6,8 horas no plástico.
65. Segundo Dylan Morris, um dos autores, "não sabemos quanto do vírus é necessário para afetar um humano com alta probabilidade, nem quão facilmente o vírus é transferido de papelão para sua mão quando toca um pacote".

livescience.com/coronavirus-ca…
66. Segundo o Dr. Auwaerter, "pensa-se que o vírus pode sobreviver em superfícies como as mãos, superfícies duras e tecidos. Dados preliminares indicam até 72horas em superfícies duras como aço e plástico e até 12 horas em tecido".
67. COVID-19 PROVAVELMENTE VAI "QUEIMAR" NO VERÃO

Por conta da sensibilidade do COVID-19 à luz ultravioleta (como o vírus da gripe comum), é muito provável que ele "queime" quando a umidade e a temperatura aumentarem.
68. Liberado em 10 de março, um estudo mapeou a capacidade viral do COVID-19 em altas temperatura e umidade. E descobriu que ambas reduziram significativamente a capacidade do vírus de se espalhar de pessoa para pessoa.
69. Do estudo:

"O resultado é consistente com o fato de que altas temperatura e umidade reduzem significativamente a transmissão de gripe. Indica que a chegada do verão e da época chuvosa no hemisfério norte pode efetivamente reduzir a transmissão do COVID-19".
70. A universidade de Maryland mapeou surtos severos de COVID-19 e padrões climáticas locais ao redor do mundo, dos EUA à China. E descobriram que o vírus prospera em um certo canal de temperatura e umidade.
71. "Pesquisadores descobriram q todas as cidades experimentando surtos significativos de COVID-19 têm climas de inverno muito smeelhantes e médias de temperatura de 5 a 11˚C, umidade média de 47 a 79% com estreita distribuição leste-oeste na mesma latitude",disse a Universidade.
72. "Baseados no que já documentamos, parece que o vírus tem dificuldade em se espalhar no em climas mais quentes, tropicais" disse o líder do estudo, o médico Mohammed Sajadi, Professor Associado de Medicina do UMSOM, cientista do Instituto de Virologia Humana e membro do GVN.
73. Na imagem abaixo, a zona de risco para contágio comunitário significativo, em termos de proximidade, inclui áreas de terra dentro das zonas verdes.
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