O diálogo de bairro tem meios de influenciar a política pública local, regional e nacional. Existem mecanismos p/ cidadãos se organizarem, discutirem e escalarem suas demandas p/ o poder público. Conforme cresce, consenso político vai escalando e mobilizando grupos e instituições
O nosso modelo de Estado pressupõe o debate livre e aberto. Segmentos da sociedade confrontam informações e ideias livremente. Conforme o consenso é construído, vai penetrando as diversas esferas níveis do governo, através de instituições permeabilizam o aparato estatal.
A informação é essencial para o debate e ela é diretamente ligada a meios de produção de consenso e conhecimento. Ela é inerentemente controversa, mas temos meios de gerar acordo e estabelecer pontos de diálogo. A informação é cumulativa chegamos a consensos de tempos em tempo.
A produção de informação é o papel de agência especializadas, universidades, mídia e institutos de pesquisa.
Por isso que terraplanismo é engraçado e preocupante ao mesmo tempo, ele desconstrói o conenso, o óbvio.
tab.uol.com.br/noticias/redac…
Por isso que terraplanismo é engraçado e preocupante ao mesmo tempo, ele desconstrói o conenso, o óbvio.
tab.uol.com.br/noticias/redac…
Nesse ponto, a @tatiroque delinou bem o movimento negacionista nessa matéria.
Os pontos de diálogo estão sendo, um a um, fragilizados.
A ciência climática, as ciências naturais e mesmo a história.
piaui.folha.uol.com.br/materia/o-nega…
Os pontos de diálogo estão sendo, um a um, fragilizados.
A ciência climática, as ciências naturais e mesmo a história.
piaui.folha.uol.com.br/materia/o-nega…
Com base em informações, conseguimos discutir e decidir. A @yaso tem soltado argumentos em favor de abertura maior de dados e de conhecimento científico e mostra que o governo tem tentado privar a sociedade de informações
O @dadourado também explica que há investida autoritária, por exemplo alterando a Lei de Acesso a Informação por meio de decreto e usando outros mecanismos para impedir a circulação de informações de saúde
A agenda autoritária desmantela as instituições, mas não é anárquica. Ela destrói o modelo deliberativo, mas tenta o fazer favorecendo outro modelo de mobilização social, um que o Bolsonaro já se colocou em posição privilegiada há anos: o modelo de mobilização de redes
O @RMafei e @conradohubner têm discutido e demonstrado como os inúmeros movimentos do governo têm apontado para uma investida autoritária. Castells mostra que a construção e fortalecimento dessas redes acarreta no fim das instituições, a interface do Estado com a sociedade.
A sociedade hiperconectada é composta de níveis diferentes de redes sociais. A mobilização não se dá por meio de lei, organização de deliberação. Ela se dá por meio da capacidade de certas redes e atores serem centrais a essa cadeia e influenciaram as redes mais periféricas.
O trabalho do @Jgb_santos (abaixo), da @ninocasan (no @inctdd), assim como publicações do @marcoamarelo têm apontado justamente isso. O forte investimento na dinâmica de redes do governo atual, buscando se tornar o mais central possível na coordenação da informação e mobilização. 
A @letcesar tem estudos importantíssimos descrevendo o ataque ao sistema de peritos e dissecando uma estratégia populista.
Acrescento que na dinâmica de redes o governo fortalece como produtor de informações, que ele solta a partir posição privilegiada.
academia.edu/42077568/Como_…
Acrescento que na dinâmica de redes o governo fortalece como produtor de informações, que ele solta a partir posição privilegiada.
academia.edu/42077568/Como_…
Assim, o governo nos priva da informação por uma questão clara: ao alvejar a ciência e fontes confiança, ele enfraquece o modelo democrático de deliberação, impedindo o debate. Ganha força então uma estrutura de comunicação de redes que o governo atual vem fomentando há tempos.
