Desde ontem, quando o governo correu pra 'embolar as narrativas' acatando os R$ 600 (R$ 1.200 para domicílios mantidos por mulheres), uma coisa não me sai da cabeça. Tenho a impressão de que a cúpula bozística, depois de bater muito a cabeça, traçou um plano. E ele é bem sórdido+
1. Essa questão do número de mortes nunca foi problema para eles. Vidas que estão na categoria de desprezíveis sempre foram dizimáveis. Inclusive sumariamente. O que embaralhava a cabeça dos ocupantes do poder era como converter essas mortes em larga escala em 'agenda positiva'.
2. Ao perceberem q as desigualdades sociais estruturais e etárias teriam um papel enorme na seletividade das mortes, partiram para o ataque em 2 frentes: de um lado, estão referendando 'pacotes' (como disfarce de pró-atividade) e, de outro, estão incentivando o fim do isolamento+
3. No final, as perdas de vida em escala serão interpretadas em 2 chaves: como inevitáveis (ou seja, os governadores só teriam atrapalhado à toa) e até como 'benéficas' por retirarem certo 'peso a mais' q o envelhecimento e o empobrecimento trazem ao país. Qse como uma RefPrev2.
