O distanciamento social achata a curva de contaminação, mas, NO CURTO PRAZO, causa uma recessão econômica.
Isso significa que o lockdown horizontal deveria ser feito por um mínimo de tempo possível. Mas quanto tempo?
Para termos uma ideia, no entanto, há diversas variáveis que governadores devem levar em consideração. Vou listar.
A primeira coisa que precisamos saber é QUANDO será o nosso pico e qual o tamanho dele. Isso é fundamental, já que não queremos liberar a população ANTES desse pico. É necessário atualizá-las constantemente.
Uma vez que sabemos o tamanho do problema, temos que saber a nossa capacidade hospitalar. Quanto mais conseguirmos aumentar nossa capacidade do sistema de saúde, maior é o númerod e pesssoas que podemos absorver SEM colapsar os hospitais.
Não poderemos saber se nossa capacidade hospitalar é suficiente, sem saber a taxa de contaminação e hospitalização DO BRASIL.
Somos um PAÍS EMERGENTE, com MENOS idosos e menor densidade populacional. Isso pode fazer diferença.
Estar atento às possíveis curas e aos testes sendo feitos é importante. Eles podem diminuir a taxa de mortalidade e reduzir consideravelmente o tempo de internação e, por consequência, diminuir a pressão no sistema de saúde.
Não podemos partir para uma estratégia de isolamento cirúrgico, se não podemos verificar quem está contaminado ou não.
Uma vez que ultrapassamos a fase crítica, o lockdown horizontal terminará mais rápido quanto maior for a CAPACIDADE DE TESTES do país.
Uma vez que sabemos quem está diagnosticados, PRINCIPALMENTE OS ASSINTOMÁTICOS, precisamos saber quais os principais focos.
Assim, cidades menos afetadas podem seguir sua vida normal e as mais afetadas redobrarem a atenção.
Do ponto de vista econômico, é necessário entender o quanto as empresas conseguem sobreviver com pouca receita. Se o governo precisar estender o lockdown, precisa ter em mente que precisará aumentar a ajuda para quem precisa.
Serão essas métricas que ditarão quando poderemos migrar para lockdown vertical. Por isso, precisamos trabalhar nelas.