NO AR. O que é fato, ficção e contradição no quarto pronunciamento de Bolsonaro sobre o novo coronavírus. aosfatos.org/noticias/o-que… #coronavirusfacts #coronavirus 
CONTRADITÓRIO. “Minha preocupação sempre foi salvar vidas, tanto as que perderemos pela pandemia quanto aquelas que serão atingidas pelo desemprego, violência e fome”, afirmou @jairbolsonaro, na contramão de suas declarações e atitudes recentes.
@jairbolsonaro Em entrevista à Band na última sexta-feira (27), por exemplo, o presidente disse que “Alguns vão morrer? Vão, ué, lamento. Essa é a vida”. No domingo (29), tornou a repetir a declaração: “Todos nós iremos morrer um dia”.
@jairbolsonaro Desde o primeiro caso de Covid-19 no país, o presidente também tem agido na contramão dessa declaração. A principal delas é o descumprimento de orientações de autoridades como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o próprio Ministério da Saúde.
@jairbolsonaro O presidente já se manifestou em diversas ocasiões contra a medida de isolamento social que vem sendo recomendada por diversos estados do país. E, no dia 15, ele saiu para cumprimentar apoiadores na porta do Palácio do Planalto. Neste domingo, circulou pelo comércio de Brasília.
@jairbolsonaro CONTRADITÓRIO. “Não me valho dessas palavras [do diretor-geral da OMS] para negar a importância das medidas de prevenção e controle da pandemia,...”, disse @jairbolsonaro, contradizendo o que afirmara em entrevista concedida horas antes do pronunciamento.
@jairbolsonaro Se, no pronunciamento de agora à noite, o presidente não usou declarações de Tedros Ghebreyesus, para refutar medidas de prevenção e controle ao Covid-19, mais cedo ele citou as mesmas falas para sugerir um recuo da OMS sobre a quarentena obrigatória, o que não ocorreu.
@jairbolsonaro Em entrevista na segunda-feira (30), @DrTedros alertou, de fato, que os governos devem ponderar os impactos sociais e econômicos do confinamento sobre a população mais pobre e buscar soluções, mas não defendeu o fim ou o relaxamento da quarentena em nenhum momento.
@jairbolsonaro @DrTedros Ainda assim, na manhã desta terça-feira, Bolsonaro afirmou, em referência a fala do chefe da OMS no dia anterior: “Eu achei excepcional a palavra dele, e meus parabéns: OMS se associa a Jair Bolsonaro”.
@jairbolsonaro @DrTedros E o presidente ainda disse: “Vocês viram o que o diretor-presidente da OMS falou, não? Alguém viu aí? Que tal eu ocupar rede nacional de rádio e TV hoje à noite para falar sobre isso? O que ele disse praticamente, em especial, tem que trabalhar”.
@jairbolsonaro @DrTedros CONTRADITÓRIO. “... mas para mostrar que, da mesma forma, precisamos pensar nos mais vulneráveis. Esta tem sido a minha preocupação desde o princípio”, disse @jairbolsonaro, mas não tem sido esse o tom dele desde o início da pandemia.
@jairbolsonaro @DrTedros Além de afirmar que “alguns vão morrer? Vão, ué, lamento. Essa é a vida”, Bolsonaro afirmou em transmissão no Facebook na quinta-feira passada que é a população, e não o governo, que deve se preocupar com a saúde dos idosos durante a pandemia.
@jairbolsonaro @DrTedros “A primeira pessoa que tem que se preocupar com o grupo de risco é você, que tem o pai, a mãe e o avô dentro de casa. Não é esperar que o governo faça alguma coisa”. Ele também tem defendido o ‘isolamento vertical’, em que apenas idosos e grupos de risco seriam confinados.
@jairbolsonaro @DrTedros De acordo com especialistas, essa medida é perigosa, porque pessoas jovens e saudáveis que voltassem a circular poderiam expor à infecção outros indivíduos menos resistentes com quem morassem.
@jairbolsonaro @DrTedros FALSO “...adiamos o pagamento de dívidas dos estados e municípios…”, disse @jairbolsonaro, mas esse adiamento ainda não foi implementado. O governo ainda negocia a inclusão da medida no Plano Mansueto (PLP 149/2019), que trata da recuperação fiscal de estados endividados.
@jairbolsonaro @DrTedros Em tweets no dia 23 de março, o presidente disse que pretendia suspender o pagamento de R$ 12,6 bilhões de dívidas dos estados com a União, mas até o momento isso não ocorreu. A suspensão já foi obtida pelo estado de São Paulo por decisão do @STF_oficial.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial IMPRECISO. “...auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis...”, disse @jairbolsonaro, mas não é possível afirmar que a concessão do benefício nesse valor tenha sido exatamente uma iniciativa apenas do governo federal.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial O @mineconomia havia anunciado, em 18 de março, que a ajuda seria de apenas R$ 200. O valor só aumentou após negociações com o relator do projeto de lei, Marcelo Aro (PP-MG), e com o presidente da Câmara, @RodrigoMaia, que defenderam publicamente o pagamento de R$ 500 por mês.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia Em uma manobra de última hora, o governo encampou a proposta da Câmara e aumentou o valor para R$ 600. O texto foi aprovado pelos deputados na semana passada, pelo Senado na segunda-feira (30) e ainda aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro para entrar em vigor.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia CONTRADITÓRIO. “Com este mesmo espírito agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade civil”, disse @jairbolsonaro ontem.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia A declaração de que é necessária a união das diferentes esferas do Executivo é CONTRADITÓRIA porque Bolsonaro já atacou os governadores em várias oportunidades desde que a pandemia da Covid-19 começou. As críticas continuaram mesmo após o pronunciamento de ontem.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia No dia 19 de março, o presidente classificou como exageradas as medidas de isolamento social nos estados. No dia seguinte, repetiu a crítica: "Tem certos governadores que estão tomando medidas extremas. Não compete a eles fechar aeroporto, fechar rodovias."
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia Em 21 de março, disse que os estados estavam "extrapolando" e que o governador de SP, @jdoriajr (PSDB), era um "lunático". No dia 24, o presidente defendeu o fim do isolamento social e a “volta da normalidade”, indo contra a maioria dos governadores.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia @jdoriajr Em reunião com governadores do Sudeste em 25 de março, Bolsonaro voltou a criticar Doria, dizendo que o tucano “não tem altura para criticar o governo federal, que fez completamente diferente o que outros fizeram no passado. Vossa excelência não é exemplo para ninguém.”
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia @jdoriajr Na manhã desta quarta-feira (1º), menos de doze horas após o pronunciamento, o presidente já havia abandonado o tom conciliatório do discurso ao compartilhar nas redes sociais vídeo de um homem na Ceasa de Minas Gerais reclamando de desabastecimento.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia @jdoriajr Nas publicações, o presidente escreveu: “Não é um desentendimento entre o presidente e ALGUNS governadores e ALGUNS prefeitos. São fatos e realidades que devem ser mostradas. Depois da destruição, não interessa mostrar culpados”.
@jairbolsonaro @DrTedros @STF_oficial @MinEconomia @RodrigoMaia @jdoriajr Segundo a Rádio CBN, o vídeo foi gravado no sábado, quando a movimentação no Ceasa costuma ser baixa. Imagens aéreas da Rede Globo também mostraram movimento normal no local hoje. Ante o desmentido, as postagens foram deletadas.
