Bom dia! Somos cariocas e hoje acordamos felizes. Vamos comemorar com INFORMAÇÕES EXTRAS PARA JOGAR NA CONVERSA COM AQUELE SEU AMIGO ESTRANHO QUE USA DIALETO INCEL.
Você já ouviu alguém xingando um homem de sojado? Talvez um poeta? Estranho né. Vamos ver o que é isso
O termo "sojado" vem do inglês "soy boy". Entre comunidades de Bodybuilders nos Estados Unidos é comum a ideia de que a soja possui estrogênio, o que diminuiria a testosterona no corpo masculino, tornando-o menos viril.
MAS SERÁ MESMO?
Bom, essa ideia foi originada do livro "The Whole Soy Story: The Dark Side of Americas Favorite Health Food" - Kaayla Daniel.
O livro não é revisado por pares (prática comum em publicações científicas, evita que pesquisas fracas sejam publicadas)
A autora, Daniel, não aparece como membro de nenhum grupo de pesquisa ou vinculada a universidade desde seu PhD, finalizado em 2004. O trabalho dela, então, foi baseado em estudos realizados por outras partes.
Uma das pesquisas que ela se refere é uma sobre efeito de fitoestrogênio (encontrados na soja) em ovelhas macho, mas que não sugere o mesmo efeito em humanos porque ovelhas tem sistemas digestivos bem diferentes e fitoestrogênio não é o mesmo que estrogênio, apesar do nome.
Na verdade, uma meta-analise (compilado de todos os estudos sobre o tema) em inglês sugeriu o contrário:
Clinical studies show no effects of soy protein or isoflavones on reproductive hormones in men: results of a meta-analysis - pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19524224/#:~:t….
Essa ideia, porém, foi muito veiculada por sites da alt-rght estadunidense, que tem relações com a comunidade bodubuilders, como o InfoWars (que, apesar de tudo, vende suplementos alimentares a base de soja, o Brain Force Plus) e chegou na nossa machosfera.
Resumindo: pode beber leite de soja, gente. O único estrago que a soja faz é queimar 30% do nosso Pantanal e desmatar a Amazônia. Coisa pouca, realmente.
Então é a hora de falar da célula do KKK brasileira, aquela que apareceu colocando propagandas em Niterói em 2015
O primeiro indício de células da KKK no Brasil nos anos 2000 ocorreu em 2003, quando o dono do site “Imperial Klans do Brasil” foi detido. O site foi fechado e grande quantidade de material supremacista branco foi apreendido na casa do dono do site.
Ele alegava representar o Klan no Brasil, junto com outras três pessoas. Além disso, também contava com membros e apoiadores em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/f…
Bora falar então dos seguidores de Evola contemporâneos e acabar com essa bad trip que é o Tradicionalismo
Os evolitas brasileiros contemporâneos pesquisados geralmente se aproximaram do pensamento do autor a partir de interesses no que chamam de “ocultismo”, com interesses que variam entre budismo, hinduísmo, maçonaria e outros “conhecimento milenares”, como chamam.
Eles compartilham da ideia do autor de que a “nossa era é uma era de decadência” e os pontos positivos de Evola, para eles, seria a retomada positiva de uma ortodoxia do budismo.
Então vamos continuar falando sobre o Evola e seu pensamento. Vamos explorar a questão dos yugas e das castas do pensamento antiliberal, anticomunista e fascista do autor italiano
Evola advoga pela existência de um "mundo metafísico superior", isso junto com uma grande valorização de hierarquias e cultura hindu, levou Evola a apoiar sistemas de castas. Inclusive uma concepção do tempo como dividida em castas, ou Yugas
O primeiro Yuga é a Era de Ouro, Satya Yuga, governada pela "casta superior" de sacerdotes. A partir da “degenerações”, como chama Evola, a Era de Ouro dá lugar a outras Yugas.
Então hoje vamos falar de um dos principais autores que a galera próxima do tradicionalismo gosta de ler: Julius Evola
Evola já apareceu aqui outras vezes, ele é bastante lido por diversos grupos de extrema direita, de integralistas a neonazistas revisionistas.
Julius Evola foi um autor e filósofo esotérico italiano do século XX, grande admirador de Mussolini e, ao mesmo tempo, crítico do regime fascista por este “não ser de direita o suficiente”
Bora falar então dos três porquinhos do Tradicionalismo: Bannon, Dugin e Olavo de Carvalho.
Vamos ver da onde surgiu as ideias desse guru do Bolsonaro e seus colegas
Bannon, ex-estrategista de campanha de Donald Trump, concedeu entrevistas a Teitelbaum. Nelas, ao abordar o Tradicionalismo, Bannon contou como descobriu o Tradicionalismo numa viagem para o Oriente e demonstrou bastante conhecimento sobre pensamentos de Guénon e Evola.
Apesar de não podermos chamar Bannon de tradicionalista, pelas ideias conflitantes entre Tradicionalismo e políticas populistas de extrema direita, é notório que essas ideias influenciaram o estrategista