De que adianta ter o melhor tratamento para HIV se ele não é disponível para todos?
De que adianta ter o melhor antibiótico se milhares de crianças morrem diariamente ao redor do mundo de diarreia?
De que adianta falar de higiene e prevenção se milhões de
pessoas não têm acesso ao saneamento básico?
Como evitar mortes por Covid e Aids em territórios marcados pelo racismo, pela LGBTfobia, pela misoginia e pela desigualdade?
Nossa especialidade esbarra nesses questionamentos todos os dias.
Na prática a saúde ainda é um privilégio, antes de um direito garantido.
Enquanto debatemos diagnósticos por PCR, tratamentos injetáveis a longo prazo e vacinas, pessoas ainda padecem de tuberculose, cólera, Aids e doenças preveníveis os todos os dias.
Há uns tempos atrás, eu chamava a infectologia de especialidade das pessoas ‘vulneráveis’. Mas hoje me arrisco a dizer diferente: é a especialidade das pessoas sobreviventes.
Do menino de 16 anos que descobriu Aids sozinho no meu consultório e quis cuidar desta
condição sem se abrir com ninguém além de mim.
Do meu paciente de 28 anos vivendo com HIV que disse ser primeira vez que não era tratado como um vírus, após eu reforçar o direito dele de se relacionar, de transar, de ser pai e de realizar todos os seus sonhos.
Da ascensorista de 50 anos diagnosticada com Covid, morando em uma casa de dois cômodos e que entrou em pânico ao achar que poderia ter transmitido a infecção pro filho.
Da mãe com HIV que chorou abraçada comigo após descobrir que seu filho recém nascido nasceu sem o vírus.
A jornada é árdua, mas repleta de momentos ternos e inspiradores. Tenho meus altos e baixos, vocês conhecem bem.
Mas saibam que eu me encanto pela infectologia todos os dias. Assim como me encanto por vocês.
Na infectologia eu posso ser humano.
Eu posso ter falhas.
Eu posso ser eu.
E posso ser vocês.
Não há pedestais.
Há apenas espaço para o diálogo, para empatia e para a luta - contra todo tipo de desigualdade. Pelo menos, esta és infectologia em que acredito. E o ‘doutor maravilha’ foi criado neste intuito.
Obrigado por me verem como eu realmente sou e demonstrarem tanto carinho mesmo assim.
Nossos inimigos não são vírus e bactérias, são a ganância e a desigualdade.
E nossa maior aliada é a nossa humanidade. Apesar do que o sistema diz, somos sim bons e boas o suficiente.
*CUIDADOS NO EXAME GINECOLÓGICO DE HOMENS TRANS (Orientações e sugestões para profissionais de saúde)*
O exame ginecológico é um exame que pode ser naturalmente desconfortável para a maioria das pessoas e para os homens trans esse desconforto pode ser ainda maior, sobretudo
se a pessoa não se sentir confortável com a sua genitália.
É importante explicar detalhadamente o procedimento antes de realizá-lo, compreender os
medos e angústias e tirar todas as dúvidas possíveis.
Nem todo homem trans se sente confortável em chamar sua genitália de vagina
É a dica do assistente social Matheus Manfre, da #equipemaravilha.
Imperdível!
O #Maravilhaindica traz um filme para aproximar gerações, o que, em tempos de pandemia e isolamento, é sensacional! Junte todas, todos e todes que estão em casa e assista "Alice Júnior".
O filme fala tanto com aquelas/es retratadas/os, como com seus responsáveis.
"Alice Júnior" mostra um momento crítico na adolescência de uma garota trans que, a exemplo de tantas na vida real, constrói sua imagem no YouTube.
100K no Facebook
100K no Instagram
21K no Twitter
10K no YouTube
>>>>>> duzentos e trinta milney 😱
Números são interessantes, mas nem sempre significam relevância e impacto social.
Mas, muito felizmente, o Doutor Maravilha tem os dois. E eu fico emocionado por isso. 😍
Prêmio destaque categoria saúde #APOGLBT 2018
Mais de 80 eventos pelo país 🇧🇷 🙏💛🕉️
Algumas dezenas de Lives e Congressos Online na pandemia! 🤣
Colaborador do Canal @CanalPoenaRoda com o querido @hmcpedro#GaysAnatomy
E membro da equipe mais maravilhosa do mundo @ psic_du @ naamarubetpsi @ giovanameinberg
@ marinamf @ ribasethel @ viniom @ pierrefreitaz @ psicologasinaram @ wandsonpadilha @ ruycerqueira @ mapmanfre @ dr_viniciusmello e a nova mamãe @ mairavalerio
🚨🦠ATENÇÃO, VOCÊ QUE VIVE COM HIV! Tem novidade sobre a vacina da covid!🦠🚨
💉
No dia 24 de janeiro nós fizemos um post aqui falando sobre a orientação do Ministério da Saúde, que havia incluído as pessoas que vivem com HIV e que estejam com CD4 abaixo de 350 cels/mm3 como
parte do público prioritário para receber a vacina contra a covid.
Ontem, porém, foi divulgada nova orientação, que revoga a orientação anterior.
A partir de agora, TODAS* as pessoas que vivem com HIV, independente do valor do CD4, terão direto à vacina da covid, dentro do grupo
Pessoal, percam o medo da PEP (Profilaxia Pós-Exposição para o HIV).
Você não vai vomitar ou ter diarreia 28 dias seguidos.
Não vai ficar amarelo.
O esquema atual é seguro, eficaz e com poucos efeitos adversos.
Se não usou camisinha, rompeu ou sofreu acidente, inicie em até 72h.
É SUS.
É urgência.
Se na sua cidade é pequenininha e não tem UPA ou serviço especializado em HIV, é obrigação da Secretaria de Saúde te encaminhar para onde tem.
A ‘chuca’ consiste na lavagem do reto antes da prática do sexo anal, muito popularizada entre a população LGBT. Mas muitos héteros também a fazem, pois afinal todes podem sentir prazer no ânus.
Geralmente as pessoas fazem isso pelo medo de se ‘sujar’ ou ‘sujar o parceiro’ durante o ato sexual, que pode gerar constrangimento ou algum desconforto. Mas quando se estuda a anatomia do trato digestivo, percebe-se que nem sempre a chuca é de fato necessária.