Hoje é o primeiro dia do evento que discute a implementação da figura do juiz das garantias. Acompanhe a transmissão, a partir das 9h, pela @TVJustica , @RadioJustica e youtube.com/STF 📡
O min. Luiz Fux abriu a audiência pública sobre a implantação do #JuizdasGarantias. Fux é relator de 4 ações que questionam a constitucionalidade do chamado Pacote Anticrime. Serão debatidos ainda o acordo de não persecução penal e procedimentos de arquivamento de investigações.
Primeiro expositor, o assessor especial do @JusticaGovBR, Allan Maia, se posicionou contrário às mudanças no Código de Processo Penal (CPP) que afastam o Judiciário da apreciação de atos do Ministério Público, como o arquivamento e desarquivamento de procedimentos penais.
Representando o @CNJ_oficial, o conselheiro Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro afirmou que o #JuizdasGarantias viola a organização judiciária e a autonomia financeira e administrativas dos tribunais, previstas na Constituição Federal.
O desembargador Nino Toldo, representante do @CJF_oficial, recomendou algumas medidas para a implementação do #JuizdasGarantias, como a não atuação, na mesma vara, desse magistrado e do juiz que conduzirá a ação penal. Também defendeu o respeito à autonomia dos tribunais.
Em nome do @MPF_PGR, o subprocurador-geral da República, Alcides Martins, afirmou que o #JuizdasGarantias foi adotado em várias democracias ocidentais e recomendou algumas medidas p/ sua implantação, como não ser usado em comarcas ou seções judiciárias com uma única vara criminal
Representando a @CFOAB, Gustavo Badaró defendeu a validade do #JuizdasGarantias, que, a seu ver, é a mais importante mudança do processo penal brasileira desde a Constituição de 88. Para ele, trata-se de condição essencial para assegurar a imparcialidade do julgador.
Em nome de Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça, magistrados defenderam a necessidade de se respeitar as especificidades de cada região para a implantação do #JuizdasGarantias. ➕⤵️
Na audiência pública sobre implementação do #JuizdasGarantias, eles ressaltam a necessidade de estudo sobre o modelo que venha a ser adotado, de forma a compatibilizar as regras de organização judiciária e as exigências constitucionais. ➕⤵️
Entre as dificuldades a serem enfrentadas p/ eventual implantação do #JuizdasGarantias, apontam o déficit de juízes, as inúmeras comarcas c/ um magistrado, a falta de servidores e de instalações físicas. P/ eles, essas questões demandam tempo e investimentos a serem avaliados.
Representando o Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais, Rafson Saraiva Ximenes, afirmou que o #JuizdasGarantias é um instrumento constitucional, um marco civilizatório e um avanço necessário para o povo brasileiro.
Pela Frente Parlamentar Mista Ética Contra a Corrupção, o sen. @Sen_Alessandro (Cidadania-SE) se manifestou contrário à implementação do #JuizdasGarantias. ➕⤵️
Para o senador, deve ser priorizado o uso de tecnologia na prestação jurisdicional, de forma a garantir uma justiça mais rápida, transparente e próxima do cidadão.
As representantes do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, do Centro de Pesquisa InternetLab e da Associação Juízes para a Democracia defenderam a constitucionalidade do juiz das garantias. Já a representante do Fórum Nacional dos Juízes Criminais se posicionou contra.
A Audiência Pública sobre #JuizdasGarantias fez uma pausa para o almoço e será retomada às 14h10.
Para Maria Elizabeth Queijo, do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), o juiz das garantias assegura a imparcialidade do julgador e um processo penal mais justo.
Flávio Werneck Meneguelli, da Federação Nacional dos Policiais Federais, entende que o instituto do juiz das garantias é um primeiro passo para implementação de um sistema acusatório que alie garantias individuais e celeridade.
Em nome do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar, a juíza Bárbara Livio ponderou que a figura do juiz de garantias ñ é compatível com processos sobre violência contra a mulher, pq em sua elaboração não se atentou p/ a dinâmica específica desses casos
Em nome da Associação Nacional de Membros do Ministério Público – @m_ppro, Douglas Bertelli Kirchner sustentou que a legislação questionada faz uma incorreta importação de institutos estrangeiros que não possuem correlação com o processo penal brasileiro.
P/ representantes de institutos de advogados, a figura do juiz das garantias ñ invade a autonomia da organização judiciária, já que ñ cria cargos, ñ gera despesas nem cria outro órgão jurisdicional. Trata-se de uma técnica procedimental p/ concretizar a imparcialidade do julgador
Representante do TRF-2, o juiz federal Marcelo Luzio Marques Araujo afirmou que juiz das garantias rompe com o modelo atual e dá maior imparcialidade ao processo penal.
O desembargador do TJ-BA Julio Cezar Lemos Travessa também concorda com avanços na legislação que aumentem as garantias individuais, mas disse que a corte baiana precisa de tempo e recursos para implementar a figura criada pelo Pacote Anticrime.
Em nome do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, Flávia Rahal sustentou que ñ há sistema processual acusatório possível sem que se institua o juiz das garantias. A separação das tarefas do magistrado, defendeu, possibilitará que ele preze pela legalidade das investigações.
Luis Gustavo Grandinetti, representante da @ANADEP_Brasil, ressaltou que, exceto o Brasil, todos os países latino-americanos que saíram de ditaduras editaram legislação criando a figura do juiz de garantias, com o objetivo de proteger direitos dos investigados e das vítimas.
Últimos expositores de hoje (25), os representantes do Observatório da Mentalidade Inquisitória, Bruno Augusto Vigo Milaneze, e da @rede_contra, Patrícia Oliveira, defenderam a criação do juiz das garantias, destacando que o princípio da imparcialidade será reforçado.
Representantes do MP de SC e MA opinaram pela inconstitucionalidade de dispositivos do Pacote Anticrime, os quais preveem que o juiz de execução deve indicar, em caso de acordo de não persecução penal, o local da prestação do serviço à comunidade➕⤵️
e qual entidade deve receber a prestação pecuniária. Na avaliação dos representantes do Ministério Público, a medida viola a independência funcional do MP e afronta o princípio da imparcialidade.
#AudienciasPublicasSTF Para Isabel Pereira, do @isernarede , a letalidade policial é um problema complexo, cuja solução requer esforços coletivos. Ela destaca que as operações nas favelas geram um cenário de revitimização das famílias, que, por vezes, perdem mais de um membro.
#AudienciasPublicasSTF Deise Benedito, especialista em Relações Étnico Raciais e mestre em Direito e Criminologia, afirma que o impacto das mortes de crianças e jovens negros é um prejuízo imenso para a sociedade brasileira e defende o controle externo da atividade policial.
#AudienciasPublicasSTF Heloisa Fernandes Câmara, do Centro de Estudos da Constituição da Universidade Federal do Paraná, ressaltou que a segurança pública, sem respeito aos direitos, “é um arbítrio pago com dinheiro público”.
➡️ COMEÇOU! Iniciamos agora a cobertura em tempo real da audiência pública sobre letalidade policial no Rio de Janeiro. A transmissão #aovivo acontece nos canais da @TVJustica, @RadioJustica e youtube.com/STF.
Ao abrir a audiência pública que discute a letalidade policial no Estado do Rio de Janeiro (ADPF 635), o ministro Edson Fachin destacou que o objetivo é traçar medidas objetivas para mudar uma cultura que decorre de um estado de coisas contrário à Constituição brasileira.
O ministro Gilmar Mendes, que participa da audiência, afirmou que o tema é grave e relevante. “Quem pode usar a força não pode fazê-lo a qualquer tempo e de maneira desproporcional”, disse. Para o ministro, a audiência poderá iluminar os caminhos para uma nova política pública.
“No próximo dia 28 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal celebra 130 anos de história republicana.” #STF130Anos
“Nessa mesma data, no ano de 1891, foi realizada a primeira sessão deste Egrégio Tribunal, instaurado pela Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada alguns dias antes, em 24 de fevereiro de 1891.” #STF130Anos
“Nessa quadra histórica, por força dos artigos 55 e 56 da Constituição então vigente, o antigo Supremo Tribunal de Justiça do Império se tornou o Supremo Tribunal Federal, então sediado na cidade do Rio de Janeiro” #STF130Anos
Os ministros retomaram o julgamento sobre ordem de apresentação de alegações finais, no qual será decidido se, em ações penais com acordos de colaboração premiada, os corréus delatados podem apresentar as alegações finais de defesa ao mesmo tempo ou depois dos corréus delatores.
Neste momento, o ministro @Alexandre de Moraes apresenta seu voto.
@alexandre Para o ministro Alexandre de Moraes, por respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa, o delatado tem direito de falar por último para responder a todas as acusações que lhe forem imputadas, inclusive pelo delator.
O Plenário do Supremo retoma agora o julgamento dos dois processos que apontam omissão inconstitucional do legislativo em não editar lei criminalizando a homofobia. Acompanhe.
A ministra Cármen Lúcia é a primeira a proferir seu voto. Para a magistrada, é necessário adotar medidas que impeçam a discriminação atentatória aos direitos fundamentais da pessoa.
"Todo preconceito é violência. Toda discriminação é forma de sofrimento. Mas, aprendi que alguns preconceitos causam mais sofrimento porque alguns castigam desde o seu lar, pela só circunstância de tentar ser o que é", destaca a min. Cármen Lúcia.