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Há anos venho sendo difamado, acusado falsamente e sobretudo ameaçado, por um grupo virtual de homens, supremacistas brancos, auto afirmados "sanctos", e que expressam profundo ódio pelas mulheres - por supostamente (e com toda a razão!) os rejeitarem -, negros, judeus e LGBTs.
Expressam profundo rancor, que não raro se transforma em massacres reais, como o massacre da escola de Realengo - como já falei aqui há alguns dias, há ligação confessa entre o assassino, Wellington Menezes, e os proprietários do blog Silvio Koerich, Marcelo e Emerson Setim.
. O recente ataque no Canadá, quando um "incel", alguém que se afirma em celibato involuntário, atacou pedestres com uma van, é outro episódio relacionado a grupos que disseminam o ódio.
Aliás, o crime do Canadá foi comemorado pelo grupo de Marcelo aqui no Brasil, assim como massacres protagonizados por outros "incels" e por supremacistas brancos contra negros.
Regularmente minha família e os membros da minha equipe de trabalho recebem e-mails com ameaças de bomba, as mesmas que são enviadas a universidades espalhadas pelo país. Recebo ameaças diretas, contra mim e contra familiares.
Sou sempre colocado em cópia de outras ameaças contra Lola Aronovich, uma das primeiras vítimas de ataques do grupo e a favor de quem fui arrolado como testemunha em um dos processos movidos por seus detratores, Emerson Setim.
Esta é apenas uma das faces do grupo, que tenta inclusive atribuir parte de seus crimes a inimigos virtuais, utilizando seus nomes como assinaturas de ameaças e postagens criminosas.
A outra face é a manutenção de blogs, fóruns anônimos (chans), sites e perfis que pregam o estupro de meninas, de lésbicas adultas como meio de "correção", a morte de nordestinos, de negros, de gays, entre outros.
Foi por um desses sites, o Silvio Koerich, que a Polícia Federal chegou a Marcelo e Emerson. Hoje, Marcelo e seus comparsas mantém o Rio de Nojeira, outro blog supremacista.
O Dogolachan ainda está no ar, e seus usuários continuam operando e desafiando as autoridades, contando com o anonimato de uma conexão mascarada pelo uso de servidores internacionais e criptografia.
Alguns já gritaram para que os demais destruam discos rígidos e tudo mais que possa conter material criminoso. Ao menos um dos membros já foi preso por incitação ao estupro de crianças, no ano passado, e está cumprindo pena.
Marcelo e os demais que ainda estão sendo procurados não estão sozinhos, eles estão acompanhados por uma extensa rede criminosa.
Relembro a postagem de duas semanas atrás: facebook.com/jean.wyllys/po…
Repito a pergunta: essa gente circula livremente. Quem está seguro?
Repito a pergunta: essa gente circula livremente. Quem está seguro?
