Conto de Natal:
Nossa Senhora andava a ser seguida na maternidade Alfredo da Costa, aquele lugar onde se nasce e que não deve morrer, e a cesariana estava agendada para dia 25. Mas como só havia um anestesista, que meteu baixa por via do Natal, a maternidade fechou.
Nossa Senhora andava a ser seguida na maternidade Alfredo da Costa, aquele lugar onde se nasce e que não deve morrer, e a cesariana estava agendada para dia 25. Mas como só havia um anestesista, que meteu baixa por via do Natal, a maternidade fechou.
Como as pessoas andavam distraídas com as compras de Natal (uma antiga tradição romana relacionada com o Solstício de Inverno) e os funcionários felizes por não precisarem de meter férias nesta quadra, não deu para um cordão humano e Nossa Senhora ficou sem onde ter o bebé.
Disseram-lhe que podia ir ao hospital da Luz (até fizeram um trocadilho com dar à luz) que era onde iam os ministros e os deputados. Mas Nossa Senhora não tinha ADSE e disseram-lhe que o hospital da Luz era muito caro.
Nossa Senhora teve que recorrer a uma parteira, daquelas que antigamente faziam abortos, mas que desde a aprovação da IVG ficou sem ter o que fazer. Quando lá chegou Nossa Senhora descobriu que a parteira tinha convertido a sala de partos num alojamento local.
Nossa Senhora acabou por ter o bebé de género indefinido no local mais modesto que possam imaginar, uns arrumos sem Wi-Fi. O bebé simboliza a tolerância em relação à todas as orientações sexuais e a esperança na paz no mundo e na derrota do Trump nas próximas eleições.
