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No que cabe a educação, o que entrou como meta prioritária do governo Bolsonaro para os 100 primeiros dias de gestão foi a regulamentação do ensino domiciliar. Há mais de 2 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar fora no Brasil, fora os bebês de 0 a 3 anos. 1/n
Em um momento em que a inclusão dos estudantes na escola ainda é desafio e a ampliação da educação em tempo integral um norte a ser buscado, aparece o ensino domiciliar como prioridade, tema que não se faz presente entre as 20 metas previstas no Plano Nacional de Educação. 2/n
As crianças e jovens que estão fora ou evadem da escola são as que vivem em piores condições socioeconômicas. 54% da população com 25 anos ou mais tem o ensino fundamental como teto de formação, 26% o ensino médio (80% somados), que condições teria essa educação domiciliar? 3/n
30% das crianças e jovens de 0 a 17 anos vivem na pobreza no Brasil, saneamento básico, habitação e violência são problemas presentes na maioria dos lares, o que nos faz pensar em educação domiciliar como prioridade? 4/n
Em que pese a educação domiciliar se tratar de algo a ser discutido como uma demanda de pequenos setores da sociedade, diante de nossos problemas sistêmicos de aprendizagem, infraestrutura, formação e valorização docente, como classificá-la como prioridade? 5/n
Nosso financiamento também é um tema complexo que deve ser debatido com a renovação do Fundeb. Junto está a estagnação da aprendizagem. União tem papel articulador para que demais entes consigam avançar nesses indicadores. Isso é prioridade. 6/6 
