Thread by @igormello

Hoje eu e a @varaujo1 mostramos que Flávio Bolsonaro não só homenageou o capitão Adriano, chefe da milícia do Rio das Pedras e do Escritório do Crime, como todos os seus colegas de trabalho integrantes da "guarnição do mal". Segue o fio!
glo.bo/2MOlrlF

@varaujo1 Adriano e outros sete PMs - entre eles o vereador do Rio Itálo Ciba - eram conhecidos pelas práticas criminosas nas favelas da Zona Norte. Foram homenageados no dia 4 de novembro de 2003. Menos de um mês depois foram presos.

@varaujo1 Nessa data, só nove PMS da ativa foram homenageados por Flávio Bolsonaro. Os oito integrantes da guarnição do mal do 16° BPM (Olaria) e Fabrício Queiroz, pivô do escândalo do Coaf. Coincidência?

@varaujo1 Logo depois da moção, a guarnição do mal iniciou uma sequência de sequestros, tortura e extorsão de moradores de Parada de Lucas. Um deles denunciou os crimes em vários órgãos em 26/11. No dia 27, às 6h30, foi executado na porta de casa.

@varaujo1 A investigação conseguiu diversas provas de que os PMs eram os autores dos crimes. O GPS das viaturas confirmavam que eles estavam nos locais e horários dos sequestros e sessões de tortura, testemunhas também afirmavam o mesmo.

@varaujo1 Eles chegaram a ser condenados em júri, mas uma manobra jurídica anulou a audiência e, mesmo com provas robustas, os PMs acabaram absolvidos. Algo comum em julgamentos de policiais, diga-se.

@varaujo1 Ao Globo, Itálo Ciba confirmou ser amigo de Flávio e de Jair Bolsonaro. Disse também que os PMs foram levados juntos ao conhecimento do filho do presidente, que decidiu dar uma moção de louvor especificamente para essa guarnição do mal.

@varaujo1 Em 2005, Jair acompanhou o julgamento dos policiais e discursou na Câmara em defesa de Adriano, descrito por ele como "um brilhante oficial". Isso mesmo, aquele que viria a ser um dos maiores criminosos do Rio.
glo.bo/2GkD6QP

@varaujo1 Mesmo diante das acusações contra Adriano e os demais serviços PMs, nenhuma das homenagens foi cassada. Jair Bolsonaro nunca retirou as palavras ditas sobre sobre o chefe do Escritório do Crime - grupo de matadores de aluguel suspeito de executar Marielle Franco e Anderson.