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OS RECUOS DO GOVERNO BOLSONARO

Seja por pressão de aliados, dos seguidores ou dos filhos, o governo Bolsonaro acumula uma série de recuos em dois meses.

Siga o fio e relembre os principais.

Os recuos iniciaram na transição, com a desistência da fusão de Ambiente e Agricultura. "Serão 2 ministérios, mas com uma pessoa para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita, como nos últimos governos", disse Bolsonaro.

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Marcelo Teixeira/Reuters

Ainda em novembro, Bolsonaro primeiro havia dito que o ministério do Trabalho seria extinto, depois que manteria o órgão. Por fim, em dezembro, o governo confirmou que a pasta perderia o status de ministério e seria dividida em três.

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📷 Folhapress

Logo no 1º dia de governo Onyx Lorenzoni descartou o decreto de aumento do salário mínimo no dia da posse. Mas o presidente resolveu assinar algumas horas depois o documento com reajuste --que foi de R$ 954 para R$ 998.

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📷 Eduardo Anizelli/Folhapress

Ao exonerar 320 servidores da Casa Civil num processo de “despetização” do governo, Onyx paralisou o trabalho da Comissão de Ética Pública, que perdeu 16 de 17 funcionários. Dias depois, os servidores foram readmitidos.

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📷 Pedro Ladeira/Folhapress

Em 4 de janeiro Bolsonaro anunciou o aumento da alíquota do IOF e a redução de uma das faixas do Imposto de Renda. Onyx Lorenzoni foi escalado para explicar que o presidente havia se enganado.

Temos uma thread que conta toda a história
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https://twitter.com/folha/status/1081308985125412864

Onyx prometeu divulgar metas para os 100 primeiros dias, o que não aconteceu mesmo após duas reuniões de Bolsonaro com seus 22 ministros. Em 8 de janeiro, o general Augusto Heleno, do GSI, desmentiu a existência desse plano.

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📷 Pedro Ladeira/Folhapress

Em entrevista ao SBT, Bolsonaro considerou uma base militar americana no Brasil. O chanceler Ernesto Araújo confirmou a intenção na sequência. A ideia, que causa urticária ao alto oficialato, foi logo descartada.

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📷Marcelo Camargo/Ag. Brasil

Bolsonaro havia colocado dúvidas sobre a continuidade do acordo Boeing/Embraer fechado em dezembro. Mais uma vez, o general Augusto Heleno, chefe do GSI, desmentiu o presidente ao dizer que o governo não pensa em interromper o negócio.

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📷 Divulgação

O presidente substituto do Incra revogou memorandos circulares do próprio órgão que haviam paralisado o programa de aquisição de terras para reforma agrária no país por terem sido “sem anuência da presidência do Incra".

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📷Divulgação

O MEC anulou as mudanças no edital de compra de livros didáticos que havia deixado de exigir das editoras referências bibliográficas e o compromisso com a agenda da não violência contra mulheres.

Também temos thread que explica melhor o que houve
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https://twitter.com/folha/status/1083130898588094470

De novo o MEC: o ministério enviou a escolas do país email em que pedia para que alunos, professores e funcionários cantassem o hino nacional em frente à bandeira do Brasil e que o momento fosse gravado. Por fim, recuou.

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📷Eduardo Anizelli/Folhapress

No mais recente dos recuos, após pressão nas redes e do próprio Bolsonaro, Moro revogou a nomeação da especialista em segurança pública Ilona Szabó como membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

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📷Bruno Santos/Folhapress

Ilona é contrária ao afrouxamento das regras de acesso a armas. O episódio causou desconforto a Moro, nomeado ministro com o compromisso de carta branca do presidente.

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📷Ueslei Marcelino/Reuters

Não foi o primeiro recuo de Moro, que já teve de ceder em temas como decreto de armas e caixa dois.

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📷Pedro Ladeira/Folhapress

A reforma da Previdência já foi palco de inúmeros recuos antes da proposta oficial. Com o anúncio de idade mínima de 65 (H) e 62 (M), Bolsonaro já acena para 60 no caso feminino. Isso surpreendeu a equipe de Paulo Guedes.

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📷Pedro Ladeira/Folhapress

Fim da thread (ou não, se mudarmos de ideia).