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AFINAL, QUEM ESTUDA NAS FEDERAIS?

Ontem a @Andifes, associação que reúne todas as universidades federais, fez uma coletiva para falar sobre o Perfil do Graduando das Universidades Federais. Será que a universidade pública serve apenas para os mais ricos? Siga o fio e descubra👇
Os dados mostram que desde 2014 a maioria da população universitária é preta e parda, graças às políticas afirmativas. Em 15 anos (2003-2018), as ações afirmativas elevaram o percentual de estudantes pretos e pardos de 34,2 para 51,2% (linha verde do gráfico)
Os pobres são maioria também: 26,61% da comunidade tem faixa de renda mensal familiar per capita de até meio salário mínimo; 26,93% de até 1 salário mínimo; Somados, 70,2% dos/as estudantes são POBRES (até 1,5 salário mínimo per capita)!
A série histórica mostra uma mudança significativa: de 2010 pra 2018, a população de até 1,5 salário mínimo evoluiu de 43,7% do total dos estudantes para 70,2%. A universidade está de fato em transformação pois tem abraçado cada vez mais os pobres deste país. Viva a lei de cotas!
Os dados também mostram que as escolas públicas colocam a maior parte dos estudantes nas federais: 64,7% dos universitários federais chegam das escolas públicas e 35,3% chegam de escolas particulares. Novamente, as políticas de cotas ajudam a explicar esta transformação.
A trajetória histórica é importantíssima e mostra uma transformação profunda: Em 2003 apenas 37,5% dos estudantes das federais vinham de escolas públicas. Em 2014 o número de estudantes que estudaram exclusivamente em escolas públicas chegou em 60,16%!
Outro dado importante é a escolaridade de mães e pais dos universitários: 66,2% dos pais e 62,7% das mães dos estudantes estudaram até o ensino médio. A maior parte dos estudantes que se formam levam pra casa o primeiro diploma de ensino superior da família.
A universidade também distribui renda: 54,1% deles participam de atividades ou programas acadêmicos, sendo que 24,1% deste universo conta com algum tipo de remuneração. A assistência estudantil (PNAES) também alimenta os estudantes pobres, promove cultura, esporte, transporte etc
Os dados mostram que o ódio às universidades é ódio de classe; é ódio à cultura; é ódio à diversidade; é ódio à ciência! Os cortes promovidos pelo governo de Bolsonaro impactarão os estudantes mais pobres, aqueles que dependem da assistência estudantil.
Parabéns @Andifes e equipe pela pesquisa. Os números mostram com precisão o que é a universidade federal no Brasil. Um abraço especial para a Patrícia Tropia (UFU) e o Leonardo Barbosa (UFU), técnicos responsáveis pela pesquisa.
Update 1: Vocês podem assistir a coletiva na íntegra aqui. A coletiva estava esvaziada. Precisamos divulgar os dados.
Update 2: Recebi os dados na íntegra. Quem quiser receber, é só mandar DM
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