Thread by @tantotupiassu

Vocês já ouviram falar de um sujeito chamado Drew Struzan?

Mesmo que você responda NÃO, posso afirmar que, de uma forma ou de outra, ele faz parte da memória de muita gente.

Vejamos...

Drew Struzan nasceu em 1947, no Oregon, EUA, em uma família pobre pobre de marré deci.

Em contraste com a pobreza enorme que o rodeava, Struzan começou a desenhar e revelou um talento que ninguém podia imaginar.

O desenho fez com que ele fosse estudar arte na California, onde, muitas vezes, tinha que escolher entre comprar tintas ou comida - e nem preciso dizer que, por vários dias, o cara passou fome pesada.

Mesmo com todas as dificuldades, ele aproveitava para aprender tudo que podia.

E, mesmo sendo um artista grandioso, Struzan demorou para emplacar bons trabalhos. Começou ilustrando capas de discos que acabaram por se tornar icônicos.

Pela capa do Black Sabbath (1973) ele estima ter recebido poucos 250 dólares. Já a capa do Alice Cooper (1975) foi eleita uma das 100 melhores de todos os tempos.

Struzan percebeu que capas de LPs dificilmente dariam uma boa grana.

Já pai de família, resolve desenhar cartazes de filmes, porque os estúdios pagavam melhor.

Ele começou ilustrando cartazes de filmes B, ganhando mal, e assim foi até que, em 1977, recebeu uma ligação...

..de um cara chamado George Lucas...

George Lucas ainda não era famoso. Apareceu com umas ideias estranhas de ficção-científica, um enredo diferente, uma coisa meio maluca, inovadora, que tinha muito para dar errado - e convidou o Struzan para dar uma ideia de possíveis cartazes.

Bem... o Struzan fez isso aqui, agradou e nunca mais parou.

Durante os anos 80 ele fez diversos cartazes para a Lucas Filmes e para películas do Steven Spielberg, peças de arte que marcaram o imaginário de muitos - e ilustram a história do cinema.

Por exemplo, é dele a arte de Indiana Jones, uma verdadeira obra prima, plenamente equilibrado em resumo perfeito do filme.

São dele também os cartazes de Os Goonies e Os Aventureiros do Bairro Proibido - clássicos de quase toda a galera de 30 a 45 anos.

Ainda no cenário da ficção-científica, olha ele novamente desenhando os cartazes de Blade Runner e ET.

E que dizer de um cartaz que acaba sendo tão conhecido quanto o próprio filme?

Mesmo nos anos 90, quando a moda de cartazes desenhados começou a decair, Struzan nunca deixou de trabalhar, muito por conta da confiança que grandes diretores como Spielberg e Frank Darabont têm em sua arte.

Ou Guilherme del Toro, na fábula O Labirinto do Fauno.

Por todos os lados, os desenhos icônicos de Struzan faziam reviver a paixão pelo cinema - e o homem produziu como uma locomotiva.

Quem lembra desses filmes? mestres do Universo e O Nome da Rosa.

E desses?

Todos os cartazes da trilogia De Volta para o Futuro são dele.

Assim como todos os pôsteres dos filmes que seguiram ao Guerra nas Estrelas.

E porque não falar de filmes queridos e mais atuais, como Harry Potter, Stranger Things e Como Treinar seu Dragão?

Tantos filmes maravilhosos, que fazem parte da nossa memória afetiva, todos ligados por pontos em comum: sua narração vibrante, o poder de nos emocionar e, por que não, Drew Struzan.

Senhores, o homem por trás da magia: @DrewStruzan ...

...ainda produzindo a todo o vapor, felizmente, para construção de nossas memórias e afetos, mantendo viva a arte de cartazes desenhados para grandes filmes.