,
7 tweets,
4 min read
Read on Twitter
1/ No @TJAmazonas, cargo é herança de família. Dando um “jeitinho”, concurso foi ampliado até que filhos de magistrados entrassem. Eram 23 vagas, mas os gêmeos Igor e Yuri Caminha, filhos da desembargadora Nélia Caminha Jorge, que ficaram no 34º e 43º lugar, foram empossados. 👇🏾 
2/ Também tomou posse, Rebecca Ailen Nogueira Vieira, herdeira de uma família com tradição no @TJAmazonas. Ela é neta do desembargador aposentado Lafayette Vieira, filha do juiz Rogério José Vieira e sobrinha do desembargador Lafayette Vieira Júnior. Ela ficou na 51º lugar.
3/ O Judiciário local trata bem os familiares d0s magistrados. Para nomear Igor, Yuri e Rebecca, o tribunal nomeou ao todo 51 candidatos em um concurso que previa 23 vagas.
4/ No @TJAmazonas existem ao menos 27 juízes, desembargadores ou funcionários que dividem sobrenomes. Pelo menos sete famílias têm grande influência para agregar parentes. Uma inspeção do @CNJ_oficial em 2017 identificou ao menos dez casos de indício de nepotismo no tribunal.
5/ O beneficiamento de familiares em concurso público não é a única coisa a chamar atenção. Entre os 12 desembargadores do tribunal que possuem "função de confiança” e recebem acréscimos no salário devido a cargos que dependem de indicação, nove têm parentes em altos cargos.
6/ Até o presidente da corte, desembargador Yedo Simões, dá o mau exemplo. O seu irmão, desembargador Elci Simões, foi nomeado ouvidor do tribunal e recebe R$ 11,8 mil a mais no contracheque. A nomeação vai contra resolução do @CNJ_oficial que proíbe a nomeação de parentes.
7/ Por e-mail, a assessoria de comunicação do TJ informou que "a função de ouvidor-geral é de exercício voluntário”, mas não explicou como Elci passou a receber R$ 11,8 mil a mais em sua folha de pagamento como benefício por "função de confiança". Leia👇🏾 interc.pt/2FKJks3
