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Desde 2008, quando presidi a CPI das Milícias no Rio, alerto sobre as relações das quadrilhas com o poder, a ameaça que representam à democracia e a necessidade de um enfrentamento estratégico. A operação realizada hoje pela PC e MP reforça a urgência dessa luta. Segue o Fio! 👇
1. Os alvos da vez são empresários suspeitos de se associarem a milicianos para financiar construções ilegais em áreas dominadas pelo crime organizado. Há 3 meses, um desses imóveis desabou na Muzema matando 24 pessoas. 👇
2. Segundo a polícia, o chefe da milícia na região é Adriano Nóbrega, que está foragido. A mulher e a mãe de Adriano trabalharam no gabinete de @FlavioBolsonaro na Assembleia Legislativas do Rio. O 01 do presidente chegou a condecorar com a Medalha Tiradentes o miliciano. 👇
3. Enquanto eu enfrentava o crime organizado, os Bolsonaro homenageavam miliciano e pediam a legalização das quadrilhas. 👇
4. Os negócios imobiliários das milícias não são novidade. Há 10 anos, alertamos no relatório da CPI sobre o problema. Apresentamos 58 medidas concretas para enfrentar as quadrilhas, mas sabe o que as autoridades fizeram? NADA! 👇
5. Entreguei o relatório nas mãos do ministro @SF_Moro, mas o combate às milícias continua sendo negligenciado... O pacote batizado pelo ministro de anticrime negligencia os crimes cometidos por milicianos. 👇
6. As milícias interessam a muita gente, pois elas transformam, com a conivência de autoridades, domínio territorial em domínio eleitoral e assim ajudam a eleger vereadores, deputados, senadores... 👇
7. Por isso as milícias não podem ser tratadas como Estado paralelo, porque atuam dentro do Estado, tem projeto de poder. Milicianos frequentam palácios. São uma ameaça grave à democracia. 👇
8. Enquanto empresários e políticos corruptos lucram em conluio com o crime organizado, os moradores dos bairros pobres, leiloados às milícias, pagam o preço, muitas vezes com a vida.
