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Sem dar detalhes, o MEC apresentou hoje um projeto de financiamento privado do Ensino Superior, o Future-se, que será enviado ao Congresso Nacional em agosto como projeto de lei. Siga a linha e veja nossa opinião sobre o que foi divulgado até o momento. 👇
1. Não dá para falar em futuro sem priorizar investimentos públicos na Educação que garantam a expansão, interiorização e democratização das universidades. 👇
2. Parcerias são importantes, mas o que o governo Bolsonaro faz é cortar dinheiro público das universidades federais, que ficarão com o pires na mão à mercê dos interesses da iniciativa privada em financiá-las. 👇
3. Não há aqui juízo de valor em relação aos interesses do mercado, até porque as universidades devem dialogar com os diversos setores da sociedade. 👇
4. A questão central é que o conhecimento científico, que deve prezar pela pluralidade e liberdade crítica, e a democratização das universidades não podem estar submetidas à lógica do mercado. 👇
5. Será que empresas se interessarão em financiar a ampliação das cotas e da assistência estudantil? Vão querer criar novos campi em municípios pobres do Nordeste? Vão se preocupar com o acesso de jovens das periferias da grandes cidades às universidades? 👇
6. Ou priorizarão cursos e projetos já consolidados e capazes de darem retornos financeiros no curto prazo? A consequência imediata será o agravamento das desigualdades. 👇
7. Ainda em relação à produção do conhecimento e sobrevivência das instituições, ao restringir os investimentos públicos e tornar as universidades dependentes de verbas privadas, o MEC prejudicará cursos e projetos que não despertam os interesses do mercado. 👇
8. E os interesses do mercado não podem ser a régua para a Educação Superior. 👇
9. Porque isso atingirá principalmente as Ciências Humanas, que já sofrem com os baixos orçamentos, e por tabela impactará negativamente na formação de professores dos ensinos fundamental e médio. 👇
10. O projeto do MEC prevê também a privatização de serviços essenciais ao funcionamento das instituições - limpeza, segurança e manutenção - através das Organizações Sociais (OSs). 👇
11. Conhecemos bem a experiência das OSs no sistema de saúde pública do Rio de Janeiro: a gestão dos serviços ficou mais cara, menos transparente no uso das verbas repassadas às organizações e hoje sobram denúncias de corrupção. 👇
12. Por fim, acreditamos que somente através da ampliação dos investimentos públicos e da priorização da Educação no orçamento da União conseguiremos expandir o Ensino Superior e torná-lo mais democrático, inclusivo e relevante para o desenvolvimento econômico e social do país.
