Thread by @TassioDenker

(1/10) Suas definições de "bandidolatria" foram atualizadas!

Segue a thread:

Uma das críticas que mais vemos Bolsonaro e seus asseclas (ou acepipes?) utilizar é a tal da "bandidolatria", principalmente em dois assuntos: temas que envolvem os direitos humanos e também o Lula.

(2/10) Com relação ao que afirmam que defender os direitos humanos é bandidolatria, isso é apenas reflexo do profundo desconhecimento do assunto. Já fiz vídeo sobre o tema e também há inúmeros artigos e vídeos que desmistificam muito bem essa inverdade. Vamos ao segundo uso.

(3/10) Para Caio Copolla e outros difamadores do PT, as pessoas que idolatram ou defendem o Lula seriam “bandidólatras”, pois estariam idolatrando bandidos. Essa é uma retórica bonitinha, estilo "lacração", mas vazia e contraditória, além de refletir, talvez, a própria imagem.

(4/10) Antes, preciso dizer que não vou entrar no mérito da culpa ou inocência do Lula, porque tanto faz ele ser culpado ou não, para o raciocínio. Particularmente, acredito que ele praticou, assim como TODOS os anteriores, atos de corrupção ou foi, no mínimo, conivente com eles.

(5/10) Da mesma forma, também creio que Lula é vítima de um lawfare, assim como Dilma no processo de impeachment, mesmo concordando que ambos possam ter praticados os atos à eles atribuídos. Sim, não é contraditório, apenas confuso para mentes binárias. Mas isso é outro assunto.

(6/10) Ao contrário do que diz Bolsonaro e outros, as pessoas que defendem Lula também defendem a sua inocência e creem que ele é vítima ou um preso político, e não um bandido. Não adoram ele pela prática de crimes, e sim pela personalidade pública e política que ele representa.

(7/10) Não se trata de adorar um criminoso, como muitos "incels" idolatram os assassinos, por exemplo, de Columbine. Ou muitos jovens da periferia que idolatram traficantes. Estes sabem da bandidagem e dos crimes que seus ídolos cometeram, desejando, por vezes, fazer o mesmo.

(8/10) Por outro lado, Bolsonaro e muitos dos seus seguidores defendem abertamente a tortura, a execução, as milícias, o direito irrestrito à expressão, ou seja, à calúnia, injúria e a difamação. Também defendem o excesso doloso, caça e pesca em desacordo com a leis ambientais.

(9/10) Relativiza, com certa frequência, o trabalho análogo à escravidão, defende a supremacia cristã e a submissão de minorias às vontades das maiorias. Sem falar no trato com a questão da homossexualidade. E não esqueçamos de sua idolatria à Ustra, Pinochet e outros criminosos.

(10/10) Quem pratica muitos destes atos é, perante o nosso Direito, um criminoso, um BANDIDO. E quem as incentiva ou faz apologia, sem o escudo da imunidade parlamentar, também cometem crimes. E aí, quem é que defende a bandidolatria?