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O menino Silvio Savat, interno do Hospital colônia de Barbacena, fotografado em 1979, confundido com um cadáver por estar com o corpo coberto de moscas.

Esse é um exemplo do tratamento dispensado aos doentes psiquiátricos internados no famoso hospital de Barbacena, um dos
maiores manicômios do mundo. Além de crianças abandonadas, era possível encontrar em suas instalações, desafetos de políticos, mulheres que engravidaram de poderosos, pessoas com depressão leve e muitos outros indivíduos que não precisavam de tratamento recluso.

As práticas do
local eram desumanas, nas suas dependências era fácil encontrar pessoas ingerindo fezes, bebendo água dos esgotos ou observar corpos de cadáveres largados ao sol no meio do dia. Os banhos eram raros, e a dignidade humana passava longe da instituição.

O diretor Helvécio Ratton
conseguiu autorização para visitar o Hospital de Barbacena, no final da década de 1970. Ao colher imagens para seu documentário "Em Nome da Razão", se assustou com o que viu e a batizou a instituição de Sucursal do Inferno.

Mas o inferno dava lucro. Existem registros de venda
de 1.853 corpos, entre 1969 e 1980, para faculdades de medicina, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que recebeu 67 "peças" (como eles mencionavam os corpos”)

Depois de algum tempo, o mercado deixou de comprar tantos cadáveres. Os funcionários passaram, então, a
decompor os corpos dos mortos com ácido no pátio da Colônia, diante dos próprios pacientes, para comercializar também as ossadas.

As “atrocidades” no hospício só começaram a diminuir quando a reforma psiquiátrica ganhou fôlego em Minas Gerais, em 1979.
Para mais detalhes, conferir o livro Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex.

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