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É triste ver as histórias de alunos que estão com suas bolsas de estudos ameaçadas. Os anúncios abruptos e a comunicação ruidosa do MEC e seu Ministro só pioram a situação e acirram mais os ânimos, e nos fazem esquecer da mensagem por conta do mensageiro.
A mensagem, porém, precisa ser devidamente compreendida. E ela é clara: acabou o dinheiro do governo. Não só na educação, mas em todas as áreas. E em vez de propor alternativas, aqueles deputados que nunca produziram, reproduzem o discurso fácil de apenas pedir mais dinheiro.
A grande vilã do orçamento hoje são as despesas obrigatórias, que crescem sem parar e engessam as possibilidades de investimento. Também têm culpa no cartório o legislativo e o judiciário, cujos gastos são altíssimos e hoje são praticamente imunes a cortes no orçamento.
Hoje, durante audiência pública da Comissão de Educação, meus colegas parlamentares não gostaram quando eu escancarei a hipocrisia ali presente: aqueles que só pedem mais recursos são responsáveis por gastos astronômicos em seus gabinetes.
Outros tantos votaram contra o pedido do @partidonovo30 para que pudesse devolver o dinheiro economizado do Fundo Partidário ao Tesouro Nacional. Nos impediram de dar uma contribuição para minimizar a crise financeira do Estado. Preferem q o dinheiro fique parado em nossa conta.
O debate sobre a crise fiscal no Brasil precisa de menos hipocrisia e mais exemplo, ação e foco na realidade do país. Não basta só pedir dinheiro para a educação e torrar recurso público em interesses próprios. O bolso é o mesmo: o do cidadão.
Agradeço ao dep. @pedroocl, Presidente da Comissão de Educação, que além de estar junto na luta pelo fim dos penduricalhos e gastos excessivos do governo, conteve as inúmeras interrupções que sofri em minha fala por quem só quer gastar, mas não quer ouvir quem faz diferente.
