Há tempos esse tipo de jogada decide jogos - Muricy está aí para provar - mas no futebol contemporâneo as bolas paradas ganharam um novo nível de importância e complexidade.
Mas sua obra-prima estava nas bolas paradas.
A Chapecoense usou uma estratégia completamente inusitada para manipular a marcação individual do Goiás num escanteio e quase fez o gol.
Sinceramente, quando vi essa foto, tive a certeza de que Jorge Jesus ia deitar e rolar.
Ninguém na Premier League marcava por zona.
“A zona não faz gol, quem faz gol é o jogador. Por que vou marcar a zona?”, diziam os críticos.
“Cada um pega o seu” é a regra geral, inclusive no imaginário da imprensa e do torcedor.
Ele insistiu no modelo e foi colhendo frutos aos poucos. Hoje o Flamengo é uma rocha sólida defendendo a própria área em faltas e escanteios.
O mesmo aconteceu com a linha alta de defesa e vários outros detalhes
Assistam a excelente análise e, assim, não preciso mostrar cada jogada aqui.
Vai lá e assiste. Eu espero.
O repertório é enorme e vai aumentando a cada jogo. @adrianomotta falou sobre isso no Fla-Flu
A máxima do torcedor brasileiro é “não bata escanteio curto”. De fato, se for só rolar para trás e bicar na área, é melhor não bater mesmo.
O mesmo vale para o lateral longo. Se for jogar na confusão, repense.
É isso que falta nos mecanismos táticos por aqui algumas vezes: propósito.
Um bom time não é o que faz muitas coisas. É o que faz poucas coisas, as coisas certas, muito bem.
Chegou a hora de conhecer um repertório variado. Chegou a hora de se apaixonar pelo escanteio curto!