Os dois times têm propostas para controlar o jogo, mas partem de estilos completamente diferentes.
Enquanto o Flamengo controla o jogo pela bola, o Corinthians controla - ou tenta controlar - sem ela, pelo domínio do espaço.
Existem estilos que nos agradam mais, mas isso é diferente de jogar bem.
O futebol é, a meu ver, um jogo de imposição de modelos de jogo. Se você consegue condicionar o seu adversário a fazer o que você quer, poderá dizer que jogou bem.
Defender também é forçar o adversário a te atacar como você quer.
O Corinthians não vem bem, mas ainda consegue administrar bem os espaços e buscar o controle do jogo por aí.
Era o Corinthians que determinava como o Fla atacava e, assim, criava uma situação favorável para tomar poucos sustos.
Mas aos 30 minutos veio a parada para hidratação. Jorge Jesus mudou o time e ganhou o jogo.
Era hora de entrar na zona de guerra.
A posse de bola foi de 59% nos primeiros 30 min e chegou a 75% nos quinze minutos finais do primeiro tempo.
O número de cruzamentos caiu. Os 23 nos primeiros 30 min viraram 9 nos quinze minutos seguintes.
O número de passes certos se multiplicou de 152 em 30 minutos para 115 em 15 minutos e o percentual de acerto foi de 90% para 96%
A pressão aumentou até que se tornou insuportável. O pênalti saiu aos 42 e o Corinthians ficou tonto.
Foi exatamente o que o Flamengo fez, marcando o segundo gol um minuto depois e o terceiro com menos de 30 segundos do segundo tempo.
O Flamengo teve momentos brilhantes no jogo, mas o mais importante foi a consistência e segurança de uma equipe que sabe o que está fazendo no campo.
Não há motivo para desespero! É absolutamente normal oscilar. Esse time ainda tem muito a evoluir, mas o caminho é extremamente promissor.
Como disse Jorge Jesus após o jogo: “voltamos a jogar como Flamengo”
mundorubronegro.com/flamengo/futeb…