Depois estenderam a "progressão de regime" aos crimes hediondos. Achamos estranho, mas continuamos em silêncio.
Criaram a "remissão de pena por leitura" para reduzir mais a pena para cada livro "lido" pelo preso, e achamos interessante.
Criaram o “auxílio reclusão”, maior que um salário mínimo, a ser pago aos criminosos presos, e muitos de nós o defenderam como uma medida justa.
Ensinaram às nossas crianças, por todos os meios possíveis – até na escola - que drogas são inofensivas, e fazem parte de um estilo de vida descolado e moderno.
E os protagonistas agora somos nós.
Enquanto destruíam nosso sistema de justiça criminal estávamos ocupados trabalhando, criando filhos e pagando boletos.
Até que passamos a viver com medo permanente.
Até o dia em que o STF declarou que só vai ser preso quem não tem um bom advogado.
Esse dia é hoje.