Corre entre os Bijagós, da Guiné, a lenda de que foi o Macaquinho de nariz branco quem fez a primeira viagem à Lua. A história começou assim:
A Lua olhou-o com espanto e tão engraçadinho o achou que lhe deu de presente um tamborinho.
– Para que queres voltar? – Tenho saudades da minha terra, das palmeiras, das mangueiras, das acácias, dos coqueiros, das bananeiras.
– Macaquinho de nariz branco, vou-te fazer descer, mas toma tento no que te digo. Não toques o tamborinho antes de chegares lá abaixo. E quando puseres os pés na Terra, tocarás então com força para eu+
O Macaquinho, muito feliz da vida, foi descendo sentado no tambor. Mas a meio da viagem, oh!, não resistiu à tentação. E vai de leve, levezinho, de modo que a Lua não pudesse ouvir, pôs-se a tocar o tambor tamborinho.
‘O Macaquinho chegou à Terra’. E logo mandou cortar a corda.E eis o macaquinho atirado ao espaço, caindo desamparado na ilha natal. Ia pelo caminho+
A moça, ainda não refeita da surpresa, correu o mais velozmente que pôde a contar aos homens da sua raça o que acabava de acontecer. Veio gente e mais gente.
A lua tinha uma filha branca e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe em casa um monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe:
– Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina pode continuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja… Quanto a não saber pilar, isso também não tem importância, pois as minhas irmãs podem fazê-lo.
– Se é como dizes, podes levar a minha filha que, quanto ao mais, é boa rapariga.
O monhé levou consigo a menina.
Dias depois, o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãs chamaram a rapariga (sua cunhada) para ir pilar com elas para as pedras do rio e esta desatou a+
As irmãs censuraram-na:
– Então tu pões-te a chorar por te convidarmos a pilar?… Isso não está bem! Tens de aprender porque é trabalho próprio das mulheres.
Quando chegaram ao rio puseram-lhe o pilão na frente, entregaram-lhe um maço e ordenaram que pilasse.
– Quando estava em casa da minha mãe não costumava pilar…
– A minha filha desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Faz como quiseres, mas a minha filha tem de aparecer!
– Mas como posso ir ao encontro dela se desapareceu pelo chão abaixo?
– Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio que obrigue a minha filha a voltar… Vai para o lugar onde desapareceu a minha filha e espera lá por mim.
– Chama o javali, a pacala, a gazela, o búfalo e o cágado e diz-lhes que compareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha filha.
– Eu sou o javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do chão, respondia:
– Não te conheço!
– Eu sou a pacala e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
– Não te conheço!
A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho, fazendo a sua invocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta:
– Não te conheço!
– Eu sou o cágado e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa:
– Sim, cágado, à tua voz eu vou aparecer!…
Os animais juntaram-se todos, curiosos, à volta da menina.
– Agora a minha filha já não pode continuar a ser mulher do monhé pois ele não soube cumprir o que me prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher do cágado, pois só à sua voz é que ela tornou a aparecer.
– Estou muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e, como prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela vestirá uma só vez, pois durará até ao fim da sua vida.
Da ligação do cágado com a filha da lua é que descendem todos os cágados do mundo…
Fonte: criandocomapego.com/conto-popular-…
Havia duas mulheres amigas, uma que podia ter filhos – e tinha muitos – e a outra não.
Um dia, a mulher estéril foi a casa da amiga e convidou-a a visitá-la, dizendo:
– Amiga, tenho muitas coisas novas em casa, venha vê-las!
– Está bem – concordou a outra.
– Amiga, minha amiga!
Trazia consigo um pano que a mulher estéril aceitou e guardou.
No final da visita, a mulher que tinha muitos filhos agradeceu, dizendo:
– Um dia há-de ir a minha casa ver a mala que eu arranjei.
– A sua amiga está aqui!
Agradeceram a peneira que ela trazia na cabeça e guardaram-na. Começaram, então, a preparar o chá.
A mãe das crianças chamava-as uma a uma:
– Fátima!
– Mamã?
– Põe o chá ao lume!
– Mariamo!
– Sim?
– Vai partir lenha!
– Anja!
– Sim?
– Vai ao poço
– Muacisse!
– Mamã?
– Muhamede!
– Sim?
– Traz um copo!
– Mariamo!
– Vamos lá, despacha-te com o chá!
Assim que o chá ficou pronto, tomaram-no e conversaram todos um pouco.
fonte: criandocomapego.com/historia-afric…
- Velha bruxa! Coruja do inferno, o que foi que você veio fazer aqui?
- Sai daqui, menina do diabo! Você vai crescer, vai ter filhos, vai ficar velha também e vai sofrer pra você saber como é bom fazer os outros sofrerem. E um dos seus filhos vai virar coruja para você aprender a respeitar os+
Mas Gerarda nem ligou e continuou a xingar:
- Velha bruxa! Coruja do inferno, o que foi que você veio fazer aqui?
Deixa estar que o tempo passou.
Quando o caruru estava pronto, ela comeu e deixou o resto para sua mãe comer.
- Mamãe, já cozinhei o caruru e já comi! O da senhora está na panela.
- Cadê Besebé, minha filha? Onde é que ela está?
Lalu, correndo pela porta da rua, disse:
- Eu botei no caruru, pra senhora comer.
Lalú ficou à toa pelas ruas até que encontrou Ogun, que a levou para casa, para que a menina cuidasse das suas roupas e ferramentas.
- Vendi todas as suas roupas e ferramentas!
Assim ela passou pela casa de quase todos os orixás e fazia sempre a mesma coisa.
- Aqui deve ter pouco trabalho! Está bom pra mim!
- Lalu, de agora em diante você será uma coruja e só terá direito de vagar pela noite!
E a coruja ficou eternamente vagando pela noite.
Fonte: augustopessoa.com/contos-african…
Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e, curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava
Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido pela cobra, que o puxava para+
- Socorro! - gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se livrar da grande cobra.
Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro.
Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no buraco, para ver se criava uma tromba igual à do elefante.
É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.
Eu sou um parágrafo.
fonte: augustopessoa.com/contos-african…
votem por favor
oi gente boa noite eu também tenho medium em se quiser me seguir lá vou começar a escrever uns artigos legais