1. Ainda há racismo no Brasil e ele afeta a vida de muita gente.
2. O racismo no Brasil, ainda bem, é menor do que na Europa e nos EUA.
3. Disparidade estatística não (necessariamente) indica racismo.
É o racismo que faz pessoas negras e pardas passarem por situações constrangedoras como policial pedir documento do carro para o colega branco e não para o motorista, ser mandado pro elevador de serviço, ter de provar 500 milhões de vezes ter capacidade de fazer algo.
A gente ainda tem muito a melhorar aqui.
Houve componente racial nisso? Indubitavelmente! Mas também há muito do arcabouço institucional brasileiro.
O dinossauro institucional brasileiro ferra mais aqueles mais vulneráveis.
A gente não teve a segregação racial institucionalizada que houve nos EUA até os anos 50/60, mesmo que a escravidão brasileira tenha sido mais violenta e numerosa.
Movimentos de supremacia branca no BR não tiveram a mesma relevância que os análogos americanos.
Disparidade entre grupos não quer dizer que um se aproveitou do outro. Disparidade estatística não implica causalidade. Na verdade, a própria ideia de que algo é uma "disparidade" já pressupõe julgamento de valor.
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