Obcecado na busca pelo título da Premier League, os Reds viajaram a Doha tendo conquistado 49 pontos de 51 possíveis na temporada atual.
Mesmo assim, os clubes da Terra da Rainha não conseguem atrair os jogadores mais badalados do futebol mundial.
Um dos primeiros a chegar foi Jürgen Klopp, contratado em outubro de 2015 para substituir Brendan Rodgers.
A Espanha venceu a Euro em 2008 e 2012 e a Copa de 2010 tocando a bola pacientemente de pé em pé.
Era a influência clara do novo jeito “certo” de se jogar futebol.
De repente, tudo mudou de novo.
Naquele mesmo ano o Bayern perdeu a final da Champions para a Inter de Mourinho (que havia eliminado o Barcelona).
O Bayern chegou àquela final, dominou o jogo, mas perdeu para o Chelsea nos pênaltis.
Na final totalmente alemã, o Bayern venceu o Borussia de Jürgen Klopp.
Um ano depois, os alemães venceram a Copa do Mundo metendo 7x1 no Brasil.
Agora eram eles que davam as cartas no futebol mundial.
A seleção era a mais temida. A Bundesliga passou de um campeonato secundário a centro empolgante.
“Arsène Wenger gosta de ter a bola, trocar passes. É como uma orquestra. Eu prefiro heavy metal. Sempre quero tudo bem alto” - disse, enquanto ainda treinava o Borussia.
Nada de toques laterais e 50 passes trocados por jogada.
Ele adaptou todo o seu jogo para isso.
Nesse contexto, Klopp nomeou o conceito que logo estaria na boca de todo treinador europeu: Gegenpressing
Em português a gente costuma usar “pressão pós-perda” ou “perde-pressiona”.
A ideia básica é pressionar o adversário assim que a bola for perdida, recuperando a posse rapidamente.
Você precisa de muitos passes para chegar na cara do gol, mas se roubar a bola por ali, chega rápido.
“Nenhum armador no mundo consegue ser tão bom quanto uma boa contra-pressão”
Assim, Klopp foi dando sua cara ao Liverpool aos poucos, em quatro anos, não quatro meses.
Firmino foi lapidado. Mané e Salah foram contratados com altas expectativas, mas se transformaram em jogadores muito mais completos...
Depois o time foi aprendendo outras formas de jogar, foi se adaptando, aprendendo e ganhando novos repertórios.
Gosta de jogar com a posse de bola, amassando o adversário, mas também se sente confortável jogando recuado, explorando o contra-ataque. Pode entrar de cabeça numa disputa física intensa no meio-campo ou acalmar mais o jogo.
Como Claudio Coutinho dizia "depois que você enfia a faca, não pode tirar! Tem que rodar!"
E o Liverpool roda!
Times intensos nas suas realidades, que gostam da bola, não perdoam quando vão ao ataque e se caracterizam mais pelo conjunto do que por uma estrela, com treinadores que mudaram a história.
Cada um em seu patamar!
Estamos com uma campanha de crowdfunding que funciona basicamente como uma pré-venda com recompensas incríveis.
Chega junto!
benfeitoria.com/outropatamar
O foco dessa vez é mais em cada jogador