Ponderações desde Washington sobre a crise com o Irã:
1. O General Soleimani já era um alvo americano e israelense há muitos anos. Em varias oportunidades, faltaram correlações diretas sobre alguns atos e sua pessoa, segurando assim ações como a de quinta-feira.
1. O General Soleimani já era um alvo americano e israelense há muitos anos. Em varias oportunidades, faltaram correlações diretas sobre alguns atos e sua pessoa, segurando assim ações como a de quinta-feira.
2. Podemos apenas especular sobre as reais razões e motivações por trás do ataque de quinta-feira. Ações como essa são baseadas em inteligência de alto nível, de curto prazo e restrita a poucas pessoas.
3. O Irã não iniciará uma guerra contra os EUA. O poderio iraniano está em ações via terceiros (proxy) e alta capacidade defensiva (ao contrário de Iraque e Afeganistão). Além disso, eles não poderiam formar uma aliança forte o suficiente para atuar em uma guerra ostensiva.
4. As possíveis retaliações poderiam ser contra as inúmeras bases americanas na região, contra Israel via Hezbollah, assassinatos específicos via Guarda Revolucionária ou ataques cibernéticos.
5. A pior coisa para o Irã seria iniciar uma guerra contra os EUA. Parte da estabilidade do regime vem da instabilidade na região. Por isso a manutencao do Hezbollah, Houthis e outros grupos na região.
6. Vale lembrar que o Irã ainda vê em países europeus a chance de evitar uma asfixia econômica maior. Imagino que agirão como vítimas, emitirão palavras duras e retaliarão via terceiros.
7. Enfim, especulações são fáceis de fazer. Mas existem algumas certezas: a força do Irã está na defesa, não no ataque. Seus ataques são via terceiros e a instabilidade da região traz estabilidade (relativa) para o regime.
