Teus primeiros choros e te fazer dormir, as músicas que são tuas e de teus irmãos, a rede balançando nas melodias que, hoje, sabes decoradas.
Ser pai é engraçado. Do dia em que quebrastes tua boca e fomos correndo para tia Lila fixar novamente teus dentes.
Ser pai é engraçado. Já grande, no susto de tua apendicite, o momento em que fui dois pais – o pai forte que resolvia tudo no quarto, ao teu lado, e o pai fraco que fugia para o corredor para desabar em medos.
E tu?
Devias ter uns poucos seis anos e somente ouvir tua voz já me fez bem, e então me surpreendes perguntando se “papai, tá tudo bem?”
Senti medo diante do imaginar que um dia não te teria mais no colo.