Estereótipos sobre mulheres sendo “muito emocionais” para ocupar espaços públicos de liderança sempre foram historicamente utilizados para barrá-las destes espaços. Alguns exemplos:
Presidente Nixon: "Não acho que uma mulher deva estar em qualquer cargo no governo. Quero dizer, eu realmente não acho. A razão é principalmente porque elas são erráticas. E emocionais. Os homens também são erráticos e emocionais, mas é mais provável que uma mulher seja ”
Pesquisa de profa de Yale mostrou que mulheres em liderança vivem um dilema cruel entre serem emotivas pq é isso que delas é esperado e não serem emotivas e correrem o risco de não serem vistas como “aconchegantes”. Pesquisa publicada aqui: 5050foundation.edu.au/assets/reports…
Livro da Stephanie Shields pela Cambridge Univ. Press vai trazer uma análise aprimorada sobre o lugar da “raiva” em homens e mulheres. Shields questiona a quem é permitido expressar emoção por raiva? pdfs.semanticscholar.org/11b7/556810b87…
Lélia González vai adicionar a perspectiva das mulheres negras à discussão sobre emoções, colocando que o papel da mulher batalhadora mas que aguenta tudo e ainda dança samba e seduz oprime edisciplinas.usp.br/pluginfile.php…
Na academia, muitas vezes professoras ou são vistas como mãezonas ou como megeras; o mesmo julgamento emotivo não é aplicado aos homens. Pesquisa sobre interações de genero em sala de aula na USP Direito mostrou isso: unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0…
Era esse o fio 🧵 Utilizar o debate Bial - Petra pra nos fazer pensar sobre quem é chamada(o) de menina que choraminga, e quem não é.
P.S.: desafiando esses estereótipos, mulheres sempre estiveram na frente das lutas sociais. Sejam mulheres brancas pelo direito ao voto (ver filme Suffragette ); sejam mulheres negras que lideram feminismo ontem e hoje; seja mulheres indígenas na AL.
