Thread by @cahemota

Com o thread informativo encerrado, me permito falar que não há verdades absolutas, assim como não acho que devemos apontar vilões. Um inquérito foi instaurado para apurar isso. Quem vai definir isso é a Justiça.

Agora, o MÍNIMO que podemos ter é respeito.

Levar essa discussão para o lado pessoal, preferências clubísticas ou coisas do tipo supera o inacreditável.

O Flamengo tomou a medida que achou correta, amparado pela Justiça, e as famílias têm o direito de aceitar ou não, concordar ou não, e também buscarem o que acham certo.

Não há de que demonizar ou fazer apontamentos tão grosseiros para parte a parte. O incêndio por si só já é um episódio pesado demais para não termos o mínimo de empatia ou amor ao próximo.

Criticar ou acusar famílias que passaram por um trauma irrecuperável é inacreditável.

Quem optou pelo acordo, fez o que achava melhor para seguir em frente com sua dor. Quem não optou também tem suas razões, o respeito por estes está acima de tudo. A Justiça está aí para tomar as decisões cabíveis.

Nosso papel, como envolvidos indiretamente, é respeitar #gefla

Como jornalista, nunca vou me privar de informar os posicionamentos de parte a parte. Faz parte do que chamamos de democracia (algo em baixa no mundo atual) e sem fazer juízo de valor. Isso não é mérito, é obrigação.

Como pessoa, ter empatia com toda situação também é o mínimo.

A discussão na maioria dos casos se resume a uma questão financeira quando este está longe de ser o mais importante.

Repito, o Flamengo fez um posicionamento amparado pela lei. Direito dele e eu respeito muito.

Assim como respeito, mas discordo do comportamento.

Essa relação posicionamento / comportamento que acho que é importante ser refletida.

Há maneiras mais empáticas, mais generosas e melhores de buscar os mesmos direitos que cada parte acredita que tem.

Há maneiras mais empáticas, mais generosas e melhores de dispensar adolescentes que passaram por um trauma deste tamanho.

Há maneiras mais empáticas, mais generosas e melhores de tratar publicamente o tema.

O clube está totalmente no seu direito, em todos os posicionamentos (também no comportamento, é um direito de escolha). Mas a partir da forma como trata tudo isso acaba tornando tudo ainda mais pesado do que o episódio já é.

Não vou falar em dinheiro, não vou falar em culpados, não vou falar em quem está certo ou errado na briga por seus direitos. Não é meu papel: jornalista informa, retrata os fatos, cobra esclarecimentos.

Mas... permito-me achar que há maneiras mais empáticas e generosas de viver.

Dito isso, boa noite! E seguimos em frente...

@sfpepior , já liberou?!