Tinha razão.
Aprendi que há aqueles que caminham para frente rapidamente quase sem olhar para trás. Há também os que transformam imediatamente o luto em luta, num impulso que toma conta do corpo e da alma.
Hoje, um ano depois, ainda não consigo falar muito sobre a Tragédia. Me dá calafrios que não sei explicar. Às vezes nem consigo acompanhar as notícias.
Ontem almocei sozinho num restaurante no Centro. Tive que colocar o fone de ouvido para deixar de escutar o cara ao lado.
Tudo se perde, nada se cria, enquanto as coisas se transformam.
Pelo contrário. É justamente defender essa experiência diversa, complexa e fantástica chamada Flamengo.
É nisso que acreditamos. É a pedra fundamental da nossa cultura flamenga. É óbvio que tudo ganhará proporções diferentes. É justamente por isso que somos o que somos.
Em vez desse ódio, gostaria de ver respeito. Em vez de tanto julgamento, mais acolhimento
Como bem disse o @DidaZico, hoje deveria ser um dia completo de homenagens. Vou além: todo 08/02 deveria ser assim.
Mas, a meu ver, se uma família diz que não está se sentindo acolhida, a gente para, escuta e acolhe.
Seus filhos eram a nossa gente. Eles também são.
Hoje é dia de memória. É dia de luto, seja lá como você vive o seu.
Hoje, no Maracanã, o menos importante é o que acontecerá dentro de campo.
SRN