A menina, que teria no máximo 12, tinha lesões próprias de defesa na hora da morte.
Os dois estavam sem cabeça e eram irmãos por parte de mãe.
- Não havia pais procurando crianças sumidas com aquelas características;
- Não havia qualquer sinal de sumiço em escolas;
- As digitais eram inexistentes nos bancos de dados de todo o país.
Não se tinha certeza nem sobre o local da prática do crime.
Sem qualquer pista, denúncia ou informação, estavam de mãos atadas.
E, quando você acha que a coisa está ruim, eis que ela pode piorar...
Em janeiro de 2018 o delegado Baggio entra de férias. Em seu lugar, é nomeado o delegado Moacir Firmino, homem experiente e policial antigo.
E Firmino, na titularidade da investigação, faz o que todos imaginavam ser impossível: RESOLVE O CASO DOS 2 INOCENTES.
Como era possível que um homem, por mais experiente que fosse, resolvesse um dos maiores quebra cabeças da polícia do RS em 10 dias, coisa que equipes inteiras não conseguiram em 04 meses?
Os detalhes da resolução do caso eram chocantes.
O responsável pelo sacrifício tinha nome:
E Firmino foi além. Prendeu vários suspeitos.
Estavam foragidos: o argentino que trouxe as crianças ao Brasil; outro empresário e seu filho.
Talvez fosse a solução do mistério, mas a coisa desandou.
Novos fatos:
1. O delegado Firmino era cristão dos mais fervorosos. Elementos de fé estavam por toda a parte na investigação, a começar pelo nome (revelação), terminando na forma como tratava o suspeito (bruxo).
Nessa altura, a cúpula da Polícia está à beira do desespero. Baggio recebe ordem de interromper as férias e voltar imediatamente.
Baggio repassa um pente fino no templo de Sílvio, onde, DESDE SEMPRE, NÃO FORAM ENCONTRADAS provas que pudesses ligar o local ao caso. Antes, só foram encontradas uma capa preta e uma máscara de cachorro...
Aí você deve pensar: "Bem, claro que o Baggio não encontrou nada, isso tudo é invenção do Firmino."
E você se engana...
Para melhorar, ainda havia um nome escrito no manual.
Não podendo ignorar aquilo, Baggio, determina a prisão imediata da mulher, mas, sorte nossa, Baggio é um Xerok Holmes: porque aquele livro não foi encontrado antes?
A mulher fica presa poucas horas.
Isso mesmo, surge uma outra testemunha que diz ter visto duas pessoas desovando os corpos. Inclusive ele reconhece as pessoas, da capa dos jornais (os acusados), e descreve um carro que bate com o veículo de um dos presos.
"Quando a esmola é muita, o santo desconfia. E Baggio, já preocupado com os rumos do caso, estranhou aquele relato tão cheio de detalhes, caindo do céu como um presente de Deus." (de matéria no @TheInterceptBr)
Baggio já deixa clara a certeza de uma enorme injustiça.
Mas Baggio sabe que ele mente.
Simplesmente, a 2ª testemunha agenciou as demais testemunhas, para que incriminassem os acusados - e, o pagamento por isso era a inclusão deles, testemunhas, no PROTEGE.
Quando souberam disso, as testemunhas resolveram falar, mas... não sabemos de nada, porque o processo passou a transitar em sigilo na corregedoria.
- Que todos os acusados foram soltos e estão em liberdade, vivendo o prejuízo de honra que jamais será pago. E processam o Estado pelos erros brutais na investigações.
- Firmino foi afastado, aposentado e processado por diversos crimes.
Seguimos sem saber que são as duas crianças barbaramente assassinadas, nunca reclamadas e esquecidas, sepultadas como indigentes sem a totalidade do corpo.
Isso, no fim, me dá uma tristeza absurda...
Que a fé de alguém jamais deve afetar no seu discernimento técnico, influenciando que ações do Estado se resolvam contra pessoas que têm credo diferente. O péssimo uso da máquina policial acabou com a vida de diversos inocentes.
"Se querem me julgar por ser religioso, que mudem a Constituição."
Mas Baggio diz ser questão de honra descobrir quem são as crianças. E promete não descansar enquanto não encerrar o caso.
Sorte que existem os bons.
Fim
g1.globo.com/rs/rio-grande-…
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MAGIA NEGRA É RACISTA.
Não concordo com a utilização do termo, mas optei por utilizar os exatos termos que o delegado Firmino utilizou nas investigações, justamente para mostrar o aspecto religioso e racista da investigação.